Leia o soneto “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696), para responder às questões de 07 a 12 . ...
Leia o soneto “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696), para responder às questões de 07 a 12.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
(A) “Nada é duradouro como a mudança.” (Ludwig Börne, 1786-1837)
(B) “Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas coisas permaneçam ocultas.” (Sófocles, 496-406 a.C.)
(C) “Nada é mais forte que o hábito.” (Ovídio, 43 a.C.-17 d.C.)
(D) “A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria.” (William Blake, 1757-1827)
(E) “Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência.” (Friedrich Schiller, 1759-1805)
Resolução:
O soneto de Gregório de Matos Guerra tem como tema a inconstância como regra geral na natureza e na condição humana. Esse mesmo conceito aparece em “nada é duradouro como a mudança”.
Resposta:
(A) “Nada é duradouro como a mudança.” (Ludwig Börne, 1786-1837)
(A) “Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,” (3ª estrofe)
(B) “Se é tão formosa a Luz, por que não dura?” (2ª estrofe)
(C) “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1ª estrofe)
(D) “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1ª estrofe)
(E) “E na alegria sinta-se tristeza.” (3ª estrofe)
Resolução:
A quebra da lógica aparece também em “E na alegria sinta-se tristeza”. Nota-se nessas duas frases a equivalência de ideias opostas, isto é, o paradoxo, figura de pensamento recorrente na escola barroca, onde se insere a poética de Gregório de Matos Guerra.
Resposta:
(A) a hipérbole.
(B) a ironia.
(C) o eufemismo.
(D) a sinestesia.
(E) a antítese.
Resolução:
Nesse poema, é recorrente o emprego da antítese. Nos seis versos iniciais, há oposição de palavras, como se nota em: “nasce” x “não dura”; “Luz” x “noite escura”; “tristes sombras” x “formosura”; “tristezas” x “alegria”; “acaba” x “nascia”.
Resposta:
Em “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1ª estrofe), a conjunção aditiva “e” assume valor
(A) causal.
(B) alternativo.
(C) conclusivo.
(D) adversativo.
(E) explicativo.
Resolução:
A conjunção “e” tem valor adversativo, pois a oração que contém tal conectivo estabelece relação de oposição com a oração inicial e pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”.
Resposta:
(A) “Começa o mundo enfim pela ignorância,” (4ª estrofe) → Pela ignorância, enfim, o mundo começa.
(B) “Em tristes sombras morre a formosura,” (1ª estrofe) → A formosura morre em tristes sombras.
(C) “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1ª estrofe) → O Sol não dura mais que um dia que nasce.
(D) “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1ª estrofe) → Segue-se a noite escura depois da Luz.
(E) “Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,” (3ª estrofe) → Mas falte a firmeza no Sol e na Luz.
Resolução:
Para colocar-se uma oração em ordem direta, é necessário manter-se a seguinte sequência de termos da oração: sujeito, verbo, complementos verbais e adjuntos adverbiais, como ocorre na alternativa apontada, em que o verbo morrer é antecedido de sujeito (“A formosura”) e seguida de adjunto adverbial (“em tristes sombras”).
Resposta:
(A) “Se é tão formosa a Luz, por que não dura?” (2ª estrofe)
(B) “Como o gosto da pena assim se fia?” (2ª estrofe)
(C) “Em contínuas tristezas a alegria.” (1ª estrofe)
(D) “Na formosura não se dê constância,” (3ª estrofe)
(E) “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1ª estrofe)
Questão anterior:
- Leia o conto “A moça rica”, de Rubem Braga (1913-1990), para responder às questões de 02 a 06.
Resolução (Objetivo):
“Em contínuas tristezas a alegria”, omite-se o verbo morrer (Em contínuas tristezas morre a alegria), mencionado no verso anterior e subentendido no verso em questão.
Resposta:
(C) “Em contínuas tristezas a alegria.” (1ª estrofe)
Próxima questão:
- Esse autor introduziu no romance brasileiro o índio e os seus acessórios, aproveitando-o ou em plena selvageria ou em comércio com o branco.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
(Poemas escolhidos, 2010.)
VEJA ESSE MATERIAL EM VÍDEO:
QUESTÃO 07
O soneto de Gregório de Matos aproxima-se tematicamente da citação:(A) “Nada é duradouro como a mudança.” (Ludwig Börne, 1786-1837)
(B) “Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas coisas permaneçam ocultas.” (Sófocles, 496-406 a.C.)
(C) “Nada é mais forte que o hábito.” (Ovídio, 43 a.C.-17 d.C.)
(D) “A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria.” (William Blake, 1757-1827)
(E) “Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência.” (Friedrich Schiller, 1759-1805)
Resolução:
O soneto de Gregório de Matos Guerra tem como tema a inconstância como regra geral na natureza e na condição humana. Esse mesmo conceito aparece em “nada é duradouro como a mudança”.
Resposta:
(A) “Nada é duradouro como a mudança.” (Ludwig Börne, 1786-1837)
QUESTÃO 08
A exemplo do verso “A firmeza somente na inconstância.” (4ª estrofe), verifica-se a quebra da lógica em:(A) “Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,” (3ª estrofe)
(B) “Se é tão formosa a Luz, por que não dura?” (2ª estrofe)
(C) “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1ª estrofe)
(D) “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1ª estrofe)
(E) “E na alegria sinta-se tristeza.” (3ª estrofe)
Resolução:
A quebra da lógica aparece também em “E na alegria sinta-se tristeza”. Nota-se nessas duas frases a equivalência de ideias opostas, isto é, o paradoxo, figura de pensamento recorrente na escola barroca, onde se insere a poética de Gregório de Matos Guerra.
Resposta:
(E) “E na alegria sinta-se tristeza.” (3ª estrofe)
QUESTÃO 09
A figura de linguagem mais recorrente nesse soneto é(A) a hipérbole.
(B) a ironia.
(C) o eufemismo.
(D) a sinestesia.
(E) a antítese.
Resolução:
Nesse poema, é recorrente o emprego da antítese. Nos seis versos iniciais, há oposição de palavras, como se nota em: “nasce” x “não dura”; “Luz” x “noite escura”; “tristes sombras” x “formosura”; “tristezas” x “alegria”; “acaba” x “nascia”.
Resposta:
(E) a antítese.
QUESTÃO 10
(A) causal.
(B) alternativo.
(C) conclusivo.
(D) adversativo.
(E) explicativo.
Resolução:
A conjunção “e” tem valor adversativo, pois a oração que contém tal conectivo estabelece relação de oposição com a oração inicial e pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”.
Resposta:
(D) adversativo.
QUESTÃO 11
O verso está reescrito em ordem direta, sem alteração do seu sentido original, em:(A) “Começa o mundo enfim pela ignorância,” (4ª estrofe) → Pela ignorância, enfim, o mundo começa.
(B) “Em tristes sombras morre a formosura,” (1ª estrofe) → A formosura morre em tristes sombras.
(C) “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1ª estrofe) → O Sol não dura mais que um dia que nasce.
(D) “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1ª estrofe) → Segue-se a noite escura depois da Luz.
(E) “Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,” (3ª estrofe) → Mas falte a firmeza no Sol e na Luz.
Resolução:
Para colocar-se uma oração em ordem direta, é necessário manter-se a seguinte sequência de termos da oração: sujeito, verbo, complementos verbais e adjuntos adverbiais, como ocorre na alternativa apontada, em que o verbo morrer é antecedido de sujeito (“A formosura”) e seguida de adjunto adverbial (“em tristes sombras”).
Resposta:
(B) “Em tristes sombras morre a formosura,” (1ª estrofe) → A formosura morre em tristes sombras.
QUESTÃO 12
Verifica-se a ocorrência de um termo subentendido, mas citado no verso anterior, em:(A) “Se é tão formosa a Luz, por que não dura?” (2ª estrofe)
(B) “Como o gosto da pena assim se fia?” (2ª estrofe)
(C) “Em contínuas tristezas a alegria.” (1ª estrofe)
(D) “Na formosura não se dê constância,” (3ª estrofe)
(E) “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1ª estrofe)
Questão anterior:
- Leia o conto “A moça rica”, de Rubem Braga (1913-1990), para responder às questões de 02 a 06.
Resolução (Objetivo):
“Em contínuas tristezas a alegria”, omite-se o verbo morrer (Em contínuas tristezas morre a alegria), mencionado no verso anterior e subentendido no verso em questão.
Resposta:
(C) “Em contínuas tristezas a alegria.” (1ª estrofe)
Próxima questão:
- Esse autor introduziu no romance brasileiro o índio e os seus acessórios, aproveitando-o ou em plena selvageria ou em comércio com o branco.
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