Questões História UEL 2018 com Resolução (Universidade Estadual de Londrina) HISTÓRIA QUESTÃO 01 UEL 2018: Leia o texto a seguir...
Questões História UEL 2018 com Resolução
(Universidade Estadual de Londrina)
HISTÓRIA
QUESTÃO 01
UEL 2018: Leia o texto a seguir.
Os hunos excedem em ferocidade e barbárie tudo quanto é possível imaginar de bárbaro e feroz. Sob uma forma humana, vivem em estado de animais. Alimentam-se de raízes de plantas silvestres e de carne meio crua, macerada entre suas coxas e o lombo de suas cavalgaduras. Suas vestimentas consistem em uma túnica de linho e jaqueta de peles de ratazana selvagem. A túnica é de cor escura e apodrece no corpo. Cobrem-se com um gorro e envolvem as pernas com pele de bode. Quando cavalgam, acredita-se estarem pregados em suas montarias, pequenas e feias, mas infatigáveis e rápidas como relâmpagos. Passam sua vida a cavalo; a cavalo se reúnem em assembleias, compram, vendem, bebem, comem e até dormem às vezes. Nada se iguala à destreza com que lançam, a distância prodigiosa, suas flechas armadas de ossos afiados, tão duros e mortíferos como o ferro.
(Res gestae, XXXI, 2).
(Ammiano Marcelino. Res Gestae XXXI, 2, 1-11.
Apud GUERRAS, M. S. Os povos bárbaros. São Paulo, Ática, 1991. p. 41-42.)
A presença de populações germânicas do norte da Europa, consideradas bárbaras, era percebida pelos romanos desde muito cedo. No entanto, é apenas no século V d.C. que ocorre uma entrada maciça de tais povos em terras romanas, como os hunos, descritos no texto.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, relacione a invasão dos bárbaros com o processo de desagregação do Império Romano, apontando seus aspectos políticos, econômicos e sociais.
Resposta.
QUESTÃO 02
UEL 2018: Leia o texto a seguir.
A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros combatem e os outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não sofrem com a sua disjunção; os serviços prestados por uma são a condição da obra das outras duas; e cada uma, por sua vez, se encarrega de aliviar o todo. De modo que essa tripla associação nem por isso é menos unida, e é assim que a lei tem podido triunfar e que o mundo tem podido gozar de paz.
(Adalbéron de Laon (c. 1020). Apud LE GOFF, Jacques.
A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1984. p.45-46.)
Esse texto se refere à Europa cristã medieval como a “casa de Deus”.
A partir de tais informações, aponte o papel da Igreja Católica na criação e na manutenção do chamado Regime Feudal.
Resposta.
QUESTÃO 03
UEL 2018: No ano de 1899, eclodiu em Nova York uma greve de meninos jornaleiros (conhecidos como newsies ou newsboys). A razão do protesto, que durou vários dias, foi o aumento de preço do The New York World e do The New York Journal, de propriedade de Joseph Pulitzer e William Hearst, respectivamente. Concorrentes, ambos viram seus lucros caírem quando acabou a guerra hispano-americana (1898), que rendia grandes manchetes e garantia alta vendagem de seus jornais.
Para manter os lucros, os empresários resolveram elevar o preço do exemplar, afetando diretamente os jornaleiros, que compravam os jornais e os revendiam ao público leitor. Era com o pequeno ganho da revenda que esses meninos sobreviviam, pois a grande maioria era pobre, muitos sem lar, órfãos ou fugitivos. Aos milhares, dormiam pelas ruas e vagavam pela cidade, desprovidos de qualquer assistência, fosse em educação, saúde ou moradia. Daquela vez, os meninos saíram vitoriosos da greve, mas a situação deles não melhorou.
Com base nos conhecimentos sobre o Mundo Contemporâneo, responda aos itens a seguir.
a) O que a greve representava para os empresários capitalistas do século XIX?
b) Explique a formação do chamado “trabalho infantil” desde a Revolução Industrial até os dias atuais.
Resposta.
UEL 2018: No ano de 1899, eclodiu em Nova York uma greve de meninos jornaleiros (conhecidos como newsies ou newsboys). A razão do protesto, que durou vários dias, foi o aumento de preço do The New York World e do The New York Journal, de propriedade de Joseph Pulitzer e William Hearst, respectivamente. Concorrentes, ambos viram seus lucros caírem quando acabou a guerra hispano-americana (1898), que rendia grandes manchetes e garantia alta vendagem de seus jornais.
Para manter os lucros, os empresários resolveram elevar o preço do exemplar, afetando diretamente os jornaleiros, que compravam os jornais e os revendiam ao público leitor. Era com o pequeno ganho da revenda que esses meninos sobreviviam, pois a grande maioria era pobre, muitos sem lar, órfãos ou fugitivos. Aos milhares, dormiam pelas ruas e vagavam pela cidade, desprovidos de qualquer assistência, fosse em educação, saúde ou moradia. Daquela vez, os meninos saíram vitoriosos da greve, mas a situação deles não melhorou.
Com base nos conhecimentos sobre o Mundo Contemporâneo, responda aos itens a seguir.
a) O que a greve representava para os empresários capitalistas do século XIX?
b) Explique a formação do chamado “trabalho infantil” desde a Revolução Industrial até os dias atuais.
Resposta.
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QUESTÃO 04
UEL 2018: Leia a letra da música e o texto a seguir.
E disseram que eu voltei americanizada
Com o “burro” do dinheiro, que estou muito rica
Que não suporto mais o breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca
Disseram que com as mãos estou preocupada
E corre por aí que houve um certo zum-zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandãs já nem existe mais nenhum
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno?
Eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com samba e vivo no sereno
Topando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro, minhas preferidas
Eu digo é mesmo “eu te amo” e nunca “I love you”
Enquanto houver Brasil... na hora das comidas
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu!
Em setembro de 1940, Carmen Miranda gravou esse samba, Disseram que eu voltei americanizada, como crítica à fria recepção que teve no Brasil ao retornar de férias. Ela vivia então nos Estados Unidos, onde lotava clubes e teatros e iniciava a carreira de atriz. Logo após sua chegada, Carmen apresentou-se no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, mas a plateia mostrou-se desconfiada e incomodada com a artista “americanizada”. Nas primeiras fileiras para ver o espetáculo, estavam presentes todo o Estado-maior (ministros da guerra / exército / justiça / trabalho / educação / marinha / interventores / chefia de polícia e outros) do Estado Novo, além de
empresários e industriais brasileiros, muitos com sobrenomes bem conhecidos, e que, a exemplo da elite de outros países, estavam fazendo negócios com a Alemanha do Führer [Hitler] e se identificando com sua postura anticomunista e antijudaica.
Com base na letra da música, no texto e nos conhecimentos sobre o Estado Novo, responda aos itens a seguir.
a) Explique o posicionamento político e militar do Governo Vargas em relação aos governos alemão e americano durante a Segunda Guerra Mundial.
b) Explique a ideia de identidade nacional promovida pelo governo de Getúlio Vargas.
Resposta.
UEL 2018: Leia a letra da música e o texto a seguir.
Disseram que eu voltei americanizada
(Vicente Paiva/Luiz Peixoto/Carmen Miranda)
E disseram que eu voltei americanizada
Com o “burro” do dinheiro, que estou muito rica
Que não suporto mais o breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca
Disseram que com as mãos estou preocupada
E corre por aí que houve um certo zum-zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandãs já nem existe mais nenhum
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno?
Eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com samba e vivo no sereno
Topando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro, minhas preferidas
Eu digo é mesmo “eu te amo” e nunca “I love you”
Enquanto houver Brasil... na hora das comidas
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu!
(PEIXOTO, L.; PAIVA, V. Disseram que eu voltei americanizada. Intérprete:
Carmen Miranda. Rio de Janeiro: Odeon records, 1940.)
Em setembro de 1940, Carmen Miranda gravou esse samba, Disseram que eu voltei americanizada, como crítica à fria recepção que teve no Brasil ao retornar de férias. Ela vivia então nos Estados Unidos, onde lotava clubes e teatros e iniciava a carreira de atriz. Logo após sua chegada, Carmen apresentou-se no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, mas a plateia mostrou-se desconfiada e incomodada com a artista “americanizada”. Nas primeiras fileiras para ver o espetáculo, estavam presentes todo o Estado-maior (ministros da guerra / exército / justiça / trabalho / educação / marinha / interventores / chefia de polícia e outros) do Estado Novo, além de
empresários e industriais brasileiros, muitos com sobrenomes bem conhecidos, e que, a exemplo da elite de outros países, estavam fazendo negócios com a Alemanha do Führer [Hitler] e se identificando com sua postura anticomunista e antijudaica.
(CASTRO, R. Carmen, uma biografia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005. p.250.)
Com base na letra da música, no texto e nos conhecimentos sobre o Estado Novo, responda aos itens a seguir.
a) Explique o posicionamento político e militar do Governo Vargas em relação aos governos alemão e americano durante a Segunda Guerra Mundial.
b) Explique a ideia de identidade nacional promovida pelo governo de Getúlio Vargas.
Resposta.
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