UEL 2018: Leia a charge a seguir. A charge remete a um conjunto de questões que apontam, senão para a morte, ao menos para o refluxo do e...
UEL 2018: Leia a charge a seguir.
A charge remete a um conjunto de questões que apontam, senão para a morte, ao menos para o refluxo do espírito democrático na modernidade, em diversos países. Nessas manifestações, verifica-se
a) a intensificação do nacionalismo e a defesa de políticas protecionistas animadas pela crise mundial dos empregos, disputados em maior intensidade no contexto dos deslocamentos de grandes contingentes populacionais.
b) a defesa intransigente do Estado laico, capaz de concretizar os valores da ciência e da razão, em detrimento da vinculação aos ideais fornecidos pelos diversos matizes de religião existentes no mundo moderno.
c) a recusa aos princípios da meritocracia, uma vez que esta atende a algumas centenas de privilegiados contemplados com as políticas compensatórias conduzidas pelos governos nacionais das mais variadas tendências.
d) o tratamento das questões sociais via valorização da perspectiva dialógica, eliminando, assim, o uso de medidas coercitivas nos espaços público e privado.
e) a necessidade de politização do ensino, trazendo para o âmbito escolar temas polêmicos, como a educação sexual, gênero e tratamento humanizado na questão das drogas.
Questão anterior:
- UEL 2018: Leia o texto a seguir.
Conteúdo programático:
Mudança/transformação social/movimentos sociais/direitos/cidadania
Resolução:
a) Correta. Verifica-se, atualmente, o renascimento de movimentos anti-democráticos, como é o caso das manifestações recentes promovidas pelos neo-nazistas, nos Estados Unidos, no início do segundo semestre de 2017. Diante da escassez crescente de empregos formais, acentuam-se as bandeiras nacionalistas, inclusive evocando o combate aos imigrantes ou propondo simplesmente a sua expulsão, como o
caso de Marianne Le Pen, na França. Crescem também as políticas protecionistas nacionais ou mesmo sob a forma de blocos econômicos.
b) Incorreta. A defesa do Estado laico implicaria a separação da esfera política em relação à religiosa, o que não ocorre, por exemplo, no caso brasileiro. Ao mesmo tempo, os pressupostos da ciência e da razão são combatidos por uma ideológica defesa das “escolas sem partido”, que desconsidera que, ao assumir o que especificamente se deve ensinar aos alunos, já se está tomando partido, só que dentro de uma outra matriz ideológica, aquela do pensamento liberal.
c) Incorreta. As políticas de inclusão social têm produzido o incremento dos discursos de caráter meritocrático e, mesmo, de manifestações de que programas sociais só beneficiam o paternalismo e a acomodação por parte dos contingentes sociais beneficiados, em detrimento da necessária disposição que os indivíduos devem ter para conquistarem o seu lugar ao Sol dentro da estrutura social. Contrariamente ao espírito das políticas inclusivas, o discurso meritocrático encontra-se muito mais próximo daquele do darwinismo social onde somente os mais aptos têm direito a sobreviver na sociedade.
d) Incorreta. A perspectiva dialógica está embasada não na lei do mais forte e sim na compreensão de que através do debate e do diálogo se chegaria à compreensão mais justa das medidas a serem tomadas para fazer avançar, em bases democráticoburguesas, a vida social. As manifestações recentes no Brasil envolvendo o processo de impeachment da presidenta Dilma, por exemplo, revelaram uma polarização entre “amarelos e vermelhos” e a recusa de ambas as partes nos esforços de construção do diálogo pautado em elementos sólidos. As formas de convencimento da opinião pública apontam, ao mesmo tempo, para a resistência em fazer prevalecer as práticas dialógicas, sobretudo em razão de que o ambito no qual elas teriam de se processar não é o de uma sociedade de homens iguais mas sim de indivíduos apenas formalmente iguais e com interesses essencialmente antagônicos.
e) Incorreta. Os projetos que tramitam hoje na Câmara dos Deputados assim como em algumas manifestações coletivas de rua em território nacional investem contra o que chamam de “marxistização” dos alunos e “politização da sala de aula”, e a defesa da “escola sem partido”, em nome dos valores e preservação das famílias. Com essa proposta, ganham corpo também o combate, no espaço escolar, às discussões sobre políticas de gênero, os debates sobre educação sexual e a resistência à legalização das drogas, retidas pelos defensores do “escola sem partido” como caso de polícia e não enquanto problema social.
Resposta:
a) a intensificação do nacionalismo e a defesa de políticas protecionistas animadas pela crise mundial dos empregos, disputados em maior intensidade no contexto dos deslocamentos de grandes contingentes populacionais.
Próxima questão:
- UEL 2018: Segundo o documento “Mapa da Violência 2016: Homicídios por armas de fogo no Brasil”, morre-se mais por armas de fogo no Brasil do que em conflitos como no Iraque e no Afeganistão. Além disso, somos o décimo país em mortes por arma de fogo no mundo.
a) a intensificação do nacionalismo e a defesa de políticas protecionistas animadas pela crise mundial dos empregos, disputados em maior intensidade no contexto dos deslocamentos de grandes contingentes populacionais.
b) a defesa intransigente do Estado laico, capaz de concretizar os valores da ciência e da razão, em detrimento da vinculação aos ideais fornecidos pelos diversos matizes de religião existentes no mundo moderno.
c) a recusa aos princípios da meritocracia, uma vez que esta atende a algumas centenas de privilegiados contemplados com as políticas compensatórias conduzidas pelos governos nacionais das mais variadas tendências.
d) o tratamento das questões sociais via valorização da perspectiva dialógica, eliminando, assim, o uso de medidas coercitivas nos espaços público e privado.
e) a necessidade de politização do ensino, trazendo para o âmbito escolar temas polêmicos, como a educação sexual, gênero e tratamento humanizado na questão das drogas.
Questão anterior:
- UEL 2018: Leia o texto a seguir.
Conteúdo programático:
Mudança/transformação social/movimentos sociais/direitos/cidadania
Resolução:
a) Correta. Verifica-se, atualmente, o renascimento de movimentos anti-democráticos, como é o caso das manifestações recentes promovidas pelos neo-nazistas, nos Estados Unidos, no início do segundo semestre de 2017. Diante da escassez crescente de empregos formais, acentuam-se as bandeiras nacionalistas, inclusive evocando o combate aos imigrantes ou propondo simplesmente a sua expulsão, como o
caso de Marianne Le Pen, na França. Crescem também as políticas protecionistas nacionais ou mesmo sob a forma de blocos econômicos.
b) Incorreta. A defesa do Estado laico implicaria a separação da esfera política em relação à religiosa, o que não ocorre, por exemplo, no caso brasileiro. Ao mesmo tempo, os pressupostos da ciência e da razão são combatidos por uma ideológica defesa das “escolas sem partido”, que desconsidera que, ao assumir o que especificamente se deve ensinar aos alunos, já se está tomando partido, só que dentro de uma outra matriz ideológica, aquela do pensamento liberal.
c) Incorreta. As políticas de inclusão social têm produzido o incremento dos discursos de caráter meritocrático e, mesmo, de manifestações de que programas sociais só beneficiam o paternalismo e a acomodação por parte dos contingentes sociais beneficiados, em detrimento da necessária disposição que os indivíduos devem ter para conquistarem o seu lugar ao Sol dentro da estrutura social. Contrariamente ao espírito das políticas inclusivas, o discurso meritocrático encontra-se muito mais próximo daquele do darwinismo social onde somente os mais aptos têm direito a sobreviver na sociedade.
d) Incorreta. A perspectiva dialógica está embasada não na lei do mais forte e sim na compreensão de que através do debate e do diálogo se chegaria à compreensão mais justa das medidas a serem tomadas para fazer avançar, em bases democráticoburguesas, a vida social. As manifestações recentes no Brasil envolvendo o processo de impeachment da presidenta Dilma, por exemplo, revelaram uma polarização entre “amarelos e vermelhos” e a recusa de ambas as partes nos esforços de construção do diálogo pautado em elementos sólidos. As formas de convencimento da opinião pública apontam, ao mesmo tempo, para a resistência em fazer prevalecer as práticas dialógicas, sobretudo em razão de que o ambito no qual elas teriam de se processar não é o de uma sociedade de homens iguais mas sim de indivíduos apenas formalmente iguais e com interesses essencialmente antagônicos.
e) Incorreta. Os projetos que tramitam hoje na Câmara dos Deputados assim como em algumas manifestações coletivas de rua em território nacional investem contra o que chamam de “marxistização” dos alunos e “politização da sala de aula”, e a defesa da “escola sem partido”, em nome dos valores e preservação das famílias. Com essa proposta, ganham corpo também o combate, no espaço escolar, às discussões sobre políticas de gênero, os debates sobre educação sexual e a resistência à legalização das drogas, retidas pelos defensores do “escola sem partido” como caso de polícia e não enquanto problema social.
Resposta:
a) a intensificação do nacionalismo e a defesa de políticas protecionistas animadas pela crise mundial dos empregos, disputados em maior intensidade no contexto dos deslocamentos de grandes contingentes populacionais.
Próxima questão:
- UEL 2018: Segundo o documento “Mapa da Violência 2016: Homicídios por armas de fogo no Brasil”, morre-se mais por armas de fogo no Brasil do que em conflitos como no Iraque e no Afeganistão. Além disso, somos o décimo país em mortes por arma de fogo no mundo.
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