Considere o texto seguinte – trecho de reportagem, publicada no dia 25/05/2019, no portal g1.globo.com, para responder às questões de 01 a...
Considere o texto seguinte – trecho de reportagem, publicada no dia 25/05/2019, no portal g1.globo.com, para responder às questões de 01 a 05.
O que garanti u a sobrevivência de nossa espécie agora dificulta a solução de desafi os de longo prazo que ameaçam nossa existência. Mas isso também pode nos ajudar.
Sabemos que o aquecimento global está acontecendo. É consenso também que as mudanças climáticas são resultado do aumento das emissões de carbono pelas atividades humanas, como a degradação da terra e a queima de combustíveis fósseis. Por fi m, sabemos que precisamos de uma solução urgente.
Um recente relatório internacional de especialistas em clima alerta que a Terra deve registrar um aquecimento médio de 1,5°C nos próximos 11 anos.
Quando isso finalmente ocorrer, podemos esperar um “aumento dos riscos para a saúde, meios de subsistência, segurança alimentar, abastecimento de água, segurança humana e crescimento econômico”.
Os mesmos especialistas também descobriram que o aumento da temperatura já alterou os sistemas humanos e naturais de maneira profunda, resultando em condições meteorológicas mais extremas, o derretimento de calotas polares, a elevação do nível do mar, secas, enchentes e a perda crescente de biodiversidade.
Apesar de sabermos disso tudo, não mudamos até agora nossos comportamentos em uma escala grande o suficiente para impedir as mudanças climáticas. Por quê?
A resposta pode estar em nossa própria evolução. Os mesmos comportamentos que nos ajudaram a sobreviver estão hoje atuando contra nós.
Mas é importante lembrar-se de uma coisa. De fato, nenhuma outra espécie evoluiu de modo a criar um problema tão grande - mas nenhuma outra espécie evoluiu com uma capacidade tão extraordinária de resolvê-lo.
Vieses cerebrais
A dificuldade de trabalharmos em conjunto para pôr fim ao aquecimento global se deve à forma como nossos cérebros evoluíram nos últimos 2 milhões de anos.
“Os seres humanos são muito ruins em entender as tendências estatísticas e as mudanças de longo prazo”, diz o psicólogo político Conor Seyle, diretor de pesquisa da One Earth Future Foundation, uma incubadora de programas que foca na promoção da paz a longo prazo sediada no Colorado, nos Estados Unidos.
“Evoluímos para prestar atenção às ameaças imediatas. Superestimamos ameaças que são menos prováveis, mas mais fáceis de lembrar, como o terrorismo. Por outro lado, subestimamos ameaças mais complexas, como as mudanças climáticas”, explica.
Nas fases iniciais da existência humana, enfrentamos uma série de desafios diários à nossa sobrevivência e à nossa capacidade de reprodução - de predadores a desastres naturais. Muita informação pode confundir nossos cérebros, levando-nos à inação ou a escolhas erradas que podem nos colocar em perigo.
Como resultado, nossos cérebros evoluíram para filtrar informações rapidamente e se concentrar no que é imediatamente essencial para nossa sobrevivência e reprodução. Também evoluímos para lembrar tanto das ameaças, para que fossem evitadas no futuro, quanto das oportunidades, para que pudéssemos lembrar de encontrar fontes de alimento e abrigo.
Essas evoluções biológicas garantiram nossa capacidade de nos reproduzir e sobreviver ao fazer com que nossos cérebros economizassem tempo e energia para lidar com grandes quantidades de informações. No entanto, essas mesmas funções são menos úteis em nossa realidade moderna e provocam erros quando temos que tomar decisões racionais. São os chamados vieses cognitivos.
QUESTÃO 03
IFPI 2019: Pelo texto, é possível inferir que vieses cognitivos relacionam-se com:
a) A tendência de valorizarmos ameaças mais imediatas, embora incertas, e a de desprezarmos riscos mais complexos, apesar de prováveis.
b) As dificuldades de enfrentar ameaças reais, ainda que sejam próximas e exijam soluções simples.
c) As dificuldades de os seres humanos trabalharem em equipe para as soluções de problemas globais.
d) A resistência da humanidade em aceitar os dados estatísticos sobre a realidade ambiental.
e) Os desafios diários enfrentados pelos seres humanos em busca da sobrevivência e da reprodução.
QUESTÃO ANTERIOR:
- IFPI 2019: O relatório internacional apresentado no texto revela que
GABARITO:
a) A tendência de valorizarmos ameaças mais imediatas, embora incertas, e a de desprezarmos riscos mais complexos, apesar de prováveis.
PRÓXIMA QUESTÃO:
- IFPI 2019: Marque o item em que todos os vocábulos seguem a mesma regra de acentuação.
QUESTÃO DISPONÍVEL EM:
- Prova IFPI 2019.02 com Gabarito
Combate às mudanças climáticas
O que garanti u a sobrevivência de nossa espécie agora dificulta a solução de desafi os de longo prazo que ameaçam nossa existência. Mas isso também pode nos ajudar.
(Por Matt hew Wilburn King, BBC)
Sabemos que o aquecimento global está acontecendo. É consenso também que as mudanças climáticas são resultado do aumento das emissões de carbono pelas atividades humanas, como a degradação da terra e a queima de combustíveis fósseis. Por fi m, sabemos que precisamos de uma solução urgente.
Um recente relatório internacional de especialistas em clima alerta que a Terra deve registrar um aquecimento médio de 1,5°C nos próximos 11 anos.
Quando isso finalmente ocorrer, podemos esperar um “aumento dos riscos para a saúde, meios de subsistência, segurança alimentar, abastecimento de água, segurança humana e crescimento econômico”.
Os mesmos especialistas também descobriram que o aumento da temperatura já alterou os sistemas humanos e naturais de maneira profunda, resultando em condições meteorológicas mais extremas, o derretimento de calotas polares, a elevação do nível do mar, secas, enchentes e a perda crescente de biodiversidade.
Apesar de sabermos disso tudo, não mudamos até agora nossos comportamentos em uma escala grande o suficiente para impedir as mudanças climáticas. Por quê?
A resposta pode estar em nossa própria evolução. Os mesmos comportamentos que nos ajudaram a sobreviver estão hoje atuando contra nós.
Mas é importante lembrar-se de uma coisa. De fato, nenhuma outra espécie evoluiu de modo a criar um problema tão grande - mas nenhuma outra espécie evoluiu com uma capacidade tão extraordinária de resolvê-lo.
Vieses cerebrais
A dificuldade de trabalharmos em conjunto para pôr fim ao aquecimento global se deve à forma como nossos cérebros evoluíram nos últimos 2 milhões de anos.
“Os seres humanos são muito ruins em entender as tendências estatísticas e as mudanças de longo prazo”, diz o psicólogo político Conor Seyle, diretor de pesquisa da One Earth Future Foundation, uma incubadora de programas que foca na promoção da paz a longo prazo sediada no Colorado, nos Estados Unidos.
“Evoluímos para prestar atenção às ameaças imediatas. Superestimamos ameaças que são menos prováveis, mas mais fáceis de lembrar, como o terrorismo. Por outro lado, subestimamos ameaças mais complexas, como as mudanças climáticas”, explica.
Nas fases iniciais da existência humana, enfrentamos uma série de desafios diários à nossa sobrevivência e à nossa capacidade de reprodução - de predadores a desastres naturais. Muita informação pode confundir nossos cérebros, levando-nos à inação ou a escolhas erradas que podem nos colocar em perigo.
Como resultado, nossos cérebros evoluíram para filtrar informações rapidamente e se concentrar no que é imediatamente essencial para nossa sobrevivência e reprodução. Também evoluímos para lembrar tanto das ameaças, para que fossem evitadas no futuro, quanto das oportunidades, para que pudéssemos lembrar de encontrar fontes de alimento e abrigo.
Essas evoluções biológicas garantiram nossa capacidade de nos reproduzir e sobreviver ao fazer com que nossos cérebros economizassem tempo e energia para lidar com grandes quantidades de informações. No entanto, essas mesmas funções são menos úteis em nossa realidade moderna e provocam erros quando temos que tomar decisões racionais. São os chamados vieses cognitivos.
QUESTÃO 03
IFPI 2019: Pelo texto, é possível inferir que vieses cognitivos relacionam-se com:
a) A tendência de valorizarmos ameaças mais imediatas, embora incertas, e a de desprezarmos riscos mais complexos, apesar de prováveis.
b) As dificuldades de enfrentar ameaças reais, ainda que sejam próximas e exijam soluções simples.
c) As dificuldades de os seres humanos trabalharem em equipe para as soluções de problemas globais.
d) A resistência da humanidade em aceitar os dados estatísticos sobre a realidade ambiental.
e) Os desafios diários enfrentados pelos seres humanos em busca da sobrevivência e da reprodução.
QUESTÃO ANTERIOR:
- IFPI 2019: O relatório internacional apresentado no texto revela que
GABARITO:
a) A tendência de valorizarmos ameaças mais imediatas, embora incertas, e a de desprezarmos riscos mais complexos, apesar de prováveis.
PRÓXIMA QUESTÃO:
- IFPI 2019: Marque o item em que todos os vocábulos seguem a mesma regra de acentuação.
QUESTÃO DISPONÍVEL EM:
- Prova IFPI 2019.02 com Gabarito
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