Questões de FGV-SP 2020 Português com Gabarito Questões da FGV 2020 de: - Matemática - Biologia - História - Geografia - Ing...
Questões de FGV-SP 2020 Português com Gabarito
Questões da FGV 2020 de:
- Matemática
- Biologia
- História
- Geografia
- Inglês
- Física
- Química
-
Português
Leia o texto para responder às questões de 121 a 127.
São Paulo – Os olhos do Brasil e do mundo se voltam para a maior floresta tropical e maior reserva de biodiversidade da Terra. Milhares de mensagens de alerta em diferentes línguas circulam nas redes sociais com a hashtag #PrayForAmazonia. A razão não poderia ser pior: a Amazônia arde em chamas.
O bioma é o mais afetado pela maior onda de incêndios florestais no Brasil em sete anos. Não há novidade no fenômeno em si. A Amazônia sempre sofreu com queimadas ligadas à exploração de terra. Mas como isso chegou tão longe? Segundo dados do Inpe, o número de focos de incêndio florestal aumentou 83% entre janeiro e agosto de 2019 na comparação com o mesmo período de 2018.
Desde 1º de janeiro até a terça-feira [20.08.2019] foram contabilizados 74 155 focos, alta de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. É o número mais alto desde que os registros começaram, em 2013. A última grande onda é de 2016, com 66 622 focos de queimadas nesse período. Combinado a períodos de seca severa, o desmatamento e a prática de queimadas podem gerar um saldo final incendiário.
O que causa estranheza aos especialistas nos eventos de 2019, porém, é que a seca não se mostra tão severa como nos anos anteriores e tampouco houve eventos climáticos extremos, como o El Niño, que justifiquem um aumento considerável nos focos de incêndio. Além disso, os tempos de seca mais severos ocorrem geralmente no mês de setembro. Ou seja: a mão do homem pesou, e muito, para a alta neste ano.
(Vanessa Barbosa. “Inferno na floresta: o que sabemos sobre os
incêndios na Amazônia”. https://exame.abril.com.br, 23.08.2019. Adaptado.)
QUESTÃO 121
(FGV-SP 2020) As informações do texto permitem concluir que
a) a exploração da terra na região amazônica tem prejudicado a biodiversidade local, mas não se pode afirmar categoricamente que tenha relação com as queimadas de 2019.
b) a Amazônia sofre regularmente com as queimadas, mas a de 2019 não se configura como a maior, já que incêndios anteriores na região devastaram 84% de mata nativa.
c) o prejuízo causado à região amazônica em 2019 decorreu da combinação de seca severa, desmatamento e prática de queimadas pelo homem, associados ao El Niño.
d) a comoção internacional não se justifica, considerando-se que o índice de queimadas na Amazônia em 2019 é o menor desde 2013, quando começaram os registros.
e) as queimadas na Amazônia despertaram a preocupação de pessoas em todo o mundo, considerando-se a relevância dessa floresta como a maior reserva de biodiversidade da Terra.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 122
(FGV-SP 2020) Na organização das informações textuais, as expressões sublinhadas em “A razão não poderia ser pior: a Amazônia arde em chamas” (1.o parágrafo) e “Ou seja: a mão do homem pesou, e muito, para a alta neste ano” (4º parágrafo) têm, respectivamente, a função de:
a) ampliar o sentido do termo “pior”; concluir, em um enunciado comparativo, as informações precedentes.
b) sintetizar o sentido da oração precedente; contestar, em um enunciado adversativo, as informações prece - dentes.
c) explicitar o sentido do termo “razão”; explicar, em um enunciado inferencial, as informações precedentes.
d) contestar o sentido da oração precedente; comparar, em um enunciado conclusivo, as informações precedentes.
e) retomar o exposto na expressão “não poderia ser pior”; ratificar, em um enunciado explicativo, as informações precedentes.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 123
(FGV-SP 2020) De acordo com o Dicionário Houaiss, a metonímia é uma “figura de retórica que consiste no uso de uma palavra fora de seu contexto semântico normal, por ter ela significação com alguma relação objetiva, de contiguidade, material ou conceitual, com o conteúdo ou o referente ocasionalmente pensado”.
Essa definição aplica-se à seguinte passagem do texto:
a) “Os olhos do Brasil e do mundo se voltam para a maior floresta tropical e maior reserva de biodiversidade da Terra.” (1º parágrafo)
b) “Milhares de mensagens de alerta em diferentes línguas circulam nas redes sociais com a hashtag #PrayForAmazonia.” (1º parágrafo)
c) “A Amazônia sempre sofreu com queimadas ligadas à exploração de terra. Mas como isso chegou tão longe?” (2º parágrafo)
d) “foram contabilizados 74 155 focos, alta de 84% em relação ao mesmo período do ano passado.” (3º parágrafo)
e) “Além disso, os tempos de seca mais severos ocorrem geralmente no mês de setembro.” (4º parágrafo)
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 124
(FGV-SP 2020) Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância verbal.
a) O Brasil e o mundo põe-se a olhar com preocupação para a maior floresta tropical do planeta, que as queimadas afetou.
b) Grande parte dos prejuízos à biodiversidade decorrem da combinação de períodos de seca severa com o desmatamento e queimadas.
c) Não se vê novidades quando se fala em queimadas na Amazônia, já que elas ocorrem com frequência na região.
d) Dados do Inpe sugerem que, nos últimos anos, têm havido aumento expressivo no número de focos de incêndio florestal.
e) Em sete anos, a onda de incêndios florestais no Brasil foram maiores, deixando a Amazônia arder em chamas.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 125
(FGV-SP 2020) No período do quarto parágrafo “O que causa estranheza aos especialistas nos eventos de 2019, porém, é que a seca não se mostra tão severa como nos anos anteriores e tampouco houve eventos climáticos extremos, como o El Niño, que justifiquem um aumento considerável nos focos de incêndio”, as orações sublinhadas estabelecem, respectivamente, sentido de:
a) adversidade; comparação; causa.
b) concessão; consequência; restrição.
c) condição; consequência; explicação.
d) adversidade; comparação; explicação.
e) concessão; condição; consequência.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
Leia um trecho da letra da canção “Amazônia”, de Roberto Carlos, para responder às questões 126 e 127.
Amazônia
A lei do machado
Avalanches de desatinos
Numa ambição desmedida
Absurdos contra os destinos
De tantas fontes de vida
Quanta falta de juízo
Tolices fatais
Quem desmata, mata
Não sabe o que faz
Como dormir e sonhar
Quando a fumaça no ar
Arde nos olhos de quem pode ver
Terríveis sinais, de alerta, desperta
Pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo
Amazônia, insônia do mundo
(www.vagalume.com.br)
QUESTÃO 126
(FGV-SP 2020) Os versos “Avalanches de desatinos / Numa ambição desmedida / Absurdos contra os destinos / De tantas fontes de vida” estão tematicamente relacionados à seguinte passagem do texto. “Inferno na floresta”:
a) “Milhares de mensagens de alerta em diferentes línguas circulam nas redes sociais com a hashtag #PrayForAmazonia.” (1º parágrafo)
b) “Não há novidade no fenômeno em si. A Amazônia sempre sofreu com queimadas ligadas à exploração de terra.” (2º parágrafo)
c) “O que causa estranheza aos especialistas nos eventos de 2019, porém, é que a seca não se mostra tão severa” (4º parágrafo)
d) “Tampouco houve eventos climáticos extremos [...] que justifiquem um aumento considerável nos focos de incêndio.” (4º parágrafo)
e) “Além disso, os tempos de seca mais severos ocorrem geralmente no mês de setembro.” (4º parágrafo)
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 127
(FGV-SP 2020) Nas passagens do texto da Exame “focos de incêndio florestal” (3º parágrafo) e “eventos climáticos” (4º parágrafo) e no verso da letra da canção “Tolices fatais”, as palavras sublinhadas são formadas por:
a) derivação sufixal.
b) composição por justaposição.
c) derivação parassintética.
d) composição por aglutinação.
e) derivação regressiva.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
Leia o texto para responder às questões de 128 a 130.
Nos dois primeiros episódios da série Chernobyl, da HBO, cientistas exasperados tentam convencer os superiores na usina e no governo soviético de que um dos reatores nucleares explodiu e está jorrando radioatividade sobre a Europa.
A resposta dos superiores, exemplar da estupidez surrealista de uma burocracia totalitária, é sempre a mesma: impossível, um “reator RBMK não explode”. A posição oficial é que havia somente um pequeno incêndio no telhado.
“Eu fui lá, eu vi!”, repetem os cientistas, um após o outro, antes de vomitarem, verterem sangue pelos poros ou caírem duros. Apenas quando a radioatividade é detectada na Suécia, Mikhail Gorbatchov encara seus ministros com uma expressão de “camarada, deu ruim...” — naquela altura, a radioatividade liberada já era superior à de vinte bombas de Hiroshima.
Só mesmo no totalitarismo soviético, pensei, assistindo à série. Então fui ler na revista Piauí o trecho do livro A Terra inabitável: uma história do futuro, do jornalista David Wallace-Wells, que sairá pela Companhia das Letras no mês que vem. Impossível terminar as 11 páginas sobre o aquecimento global sem ficar apavorado feito um cientista em Chernobyl.
(Antonio Prata. “Bem-vindos a Chernobyl”.
www.folha.uol.com.br, 16.06.2019. Adaptado.)
QUESTÃO 128
(FGV-SP 2020) No texto, a variedade formal da língua, flagrada na passagem “Só mesmo no totalitarismo soviético, pensei, assistindo à série” (4º parágrafo), coexiste com a variedade informal, presente em:
a) “cientistas exasperados tentam convencer os superiores na usina e no governo soviético de que um dos reatores nucleares explodiu” (1º parágrafo)
b) “A resposta dos superiores, exemplar da estupidez surrealista de uma burocracia totalitária, é sempre a mesma: impossível, um ‘reator RBMK não explode.’” (2º parágrafo)
c) “Apenas quando a radioatividade é detectada na Suécia, Mikhail Gorbatchov encara seus ministros com uma expressão de ‘camarada, deu ruim…’” (3º parágrafo)
d) “Então fui ler na revista Piauí o trecho do livro A Terra inabitável: uma história do futuro, do jornalista David Wallace-Wells” (4º parágrafo)
e) “Impossível terminar as 11 páginas sobre o aquecimento global sem ficar apavorado feito um cientista em Chernobyl”. (4º parágrafo)
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 129
(FGV-SP 2020) Considere as passagens do texto:
• [...] impossível, um “reator RBMK não explode” (2º parágrafo)
• “Eu fui lá, eu vi!”, repetem os cientistas [...] (3º parágrafo)
a) discurso indireto, estabelecendo-se entre os enunciados uma relação de complementação de sentido, já que o segundo amplia o conteúdo expresso no primeiro.
b) ironia, estabelecendo-se entre os enunciados uma relação de causa e consequência, já que a ação expressa no segundo decorre do conteúdo expresso no primeiro.
c) ênfase, estabelecendo-se entre os enunciados uma relação de oposição de sentido, já que o segundo contesta veementemente o conteúdo expresso no primeiro.
d) ambiguidade na fala do autor, estabelecendo-se entre os enunciados uma relação de comparação, já que o segundo reitera o conteúdo expresso no primeiro.
e) discurso direto, estabelecendo-se entre os enunciados uma relação de oposição de sentido, já que o segundo contesta o conteúdo expresso no primeiro.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 130
(FGV-SP 2020) Nas expressões “cientistas exasperados”, “exemplar da estupidez surrealista” e “burocracia totalitária”, os termos sublinhados podem ser substituídos, sem alteração de sentido, respectivamente, por:
a) exaltados; modelo; que não admite oposição.
b) irritados; cópia; que abarca diferentes opiniões.
c) desesperados; lição; que segue uma única ideia.
d) excitados; base; que apregoa a subserviência.
e) arrebatados; contraponto; que se presta à servidão.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 131
(FGV-SP 2020) Leia a tira Níquel Náusea, de Fernando Gonsales.
Nas frases “E outra que ele come para digerir de novo” e “Nojinho agora?”, o termo “para” introduz no enunciado noção de
a) conformidade, enquanto a pergunta do coelho consiste em uma advertência à garota para que não o segure.
b) finalidade, enquanto a pergunta do coelho representa aceitação da expressão de asco da garota.
c) causa, enquanto a pergunta do coelho expressa desapontamento em relação ao nojo demonstrado pela garota.
d) finalidade, enquanto a pergunta do coelho expressa repulsa em relação ao comportamento da garota.
e) conformidade, enquanto a pergunta do coelho demonstra sua perplexidade diante da atitude da garota.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
Leia o texto para responder às questões de 132 a 135.
Modos de xingar
— Biltre!
— O quê?
— Biltre! Sacripanta!
— Traduz isso para português.
— Traduzo coisa nenhuma. Além do mais, charro!
Onagro!
Parei para escutar. As palavras estranhas jorravam do interior de um Ford de bigode. Quem as proferia era um senhor idoso, terno escuro, fisionomia respeitável, alterada pela indignação.
Quem as recebia era um garotão de camisa esporte; dentes clarinhos emergindo da floresta capilar, no interior de um fusca. Desses casos de toda hora: o fusca bateu no Ford. Discussão. Bate-boca. O velho usava o repertório de xingamentos de seu tempo e de sua condição: professor, quem sabe? leitor de Camilo Castelo Branco.
Os velhos xingamentos. Pessoas havia que se recusavam a usar o trivial das ruas e botequins, e iam pedir a Rui Barbosa, aos mestres da língua, expressões que castigassem fortemente o adversário.
Esse material seleto vinha esmaltar artigos de polêmica (polemizava-se muito nos jornais do começo do século), discursos políticos (nos intervalos do estado de sítio, é lógico) e um pouco os incidentes de calçada. A maioria, sem dúvida, não se empenhava em requintes.
(Carlos Drummond de Andrade. “Modos de xingar”.
As palavras que ninguém diz, 2011.)
QUESTÃO 132
(FGV-SP 2020) As passagens “— O quê?” (2º parágrafo) e “professor, quem sabe?” (6º parágrafo) são empregadas no texto para indicar, respectivamente:
a) um comentário ofensivo e uma dúvida infundada.
b) uma demonstração de incompreensão e uma conjectura.
c) uma dúvida fundamentada e uma constatação.
d) uma hipótese improvável e uma retificação.
e) um revide intolerante e uma ironia.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 133
(FGV-SP 2020) Analisando-se os modos de organização do texto, conclui-se que prevalecem as sequências tipológicas da
a) narração, com a crítica no penúltimo parágrafo.
b) descrição, com o relato no penúltimo parágrafo.
c) narração, com a reflexão no penúltimo parágrafo.
d) descrição, com o comentário no penúltimo parágrafo.
e) dissertação, com o detalhamento no penúltimo parágrafo.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 134
(FGV-SP 2020) A frase do último parágrafo do texto “A maioria, sem dúvida, não se empenhava em requintes” está reescrita, em conformidade com a norma-padrão e com o sentido do texto, em:
a) A maioria provavelmente não se sujeitava a requintes.
b) A maioria talvez não se obrigava à requintes.
c) A maioria realmente não se rendia em requintes.
d) A maioria certamente não se dedicava a requintes.
e) A maioria evidentemente não se comprometia em requintes.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
QUESTÃO 135
(FGV-SP 2020) Na oração “— Traduzo coisa nenhuma” (5º parágrafo), o termo sublinhado pertence à mesma classe de palavras do termo sublinhado em:
a) O lugar certo onde ocorreu a batida entre o Ford e o fusca eu não lembro agora.
b) O senhor do Ford proferia ofensas ao jovem do fusca, pensando estar fazendo o certo.
c) Para muitos, não era certo ofender com palavras simples, tinham que castigar.
d) Em um bate-boca, ninguém acaba falando certo, já que as ofensas prevalecem.
e) Na fala do senhor idoso, o jovem identificou certo termo que desconhecia.
GABARITO E RESOLUÇÃO.
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