Prova de Coordenador Pedagógico (Concurso 2022) com Gabarito COORDENADOR PEDAGÓGICO TIPO 1 - BRANCA CONHECIMENTOS GERAIS EM EDUCAÇÃO CONSULP...
Prova de Coordenador Pedagógico (Concurso 2022) com Gabarito
COORDENADOR PEDAGÓGICO
TIPO 1 - BRANCA
CONHECIMENTOS GERAIS EM EDUCAÇÃO
CONSULPLAN - QUESTÃO 01
Seja em seu caráter somativo em larga escala, ou utilizada cotidianamente nas instituições de ensino, a avaliação educacional é indispensável para garantir o direito à educação. Seu objetivo principal precisa ser sempre focado em criar evidências para nortear o trabalho de professores, gestores, bem como a formulação de políticas públicas para a educação básica, indo contra o uso destas como mero instrumento para punir os alunos com mais dificuldades ou classificá-los conforme o desempenho.
Dessa forma, é importante ampliar nosso conceito de avaliação para compreender práticas avaliativas que estejam além daquelas usualmente enfatizadas e que se limitam ao processo de verificação de conhecimentos ou acompanhamento da aprendizagem, pois há mais que isso nos processos de avaliação, sejam formais ou informais. Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
A) A parte mais dramática e relevante da avaliação se localiza nos subterrâneos onde os juízos de valor ocorrem.
B) No plano da avaliação informal, estão os juízos de valor visíveis que acabam por caminhar paralelos aos resultados das avaliações finais.
C) O jogo de representações vai construindo imagens e autoimagens independentes das decisões metodológicas que o professor implementa na sala de aula.
D) As avaliações formalizadas são independentes das avaliações informais, implícitas, fugidias, que se formam ao sabor da interação na aula ou refletindo sobre ela.
E) As estratégias de trabalho do professor em sala de aula ficam permeadas por juízos de valor sem impacto no investimento que o professor fará neste ou naquele aluno.
CONSULPLAN - QUESTÃO 02
De acordo com o Referencial Curricular da Rede Municipal de Juiz de Fora, as discussões curriculares abrangem não somente a sistematização de conhecimentos dos diferentes componentes curriculares, etapas da educação básica e modalidades de ensino, mas, também, aspectos didático-pedagógicos de professores, processos de ensino e de aprendizagem, avaliação e, principalmente, cultura e pertencimentos das crianças e estudantes, em prol de sua formação integral. Não obstante, deve-se estar atento:
A) À possibilidade de integrar o currículo organizado por disciplinas, para que este seja capaz de dar conta de aprendizagens significativas.
B) À compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura entendida como espaço formativo dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade.
C) Ao processo de interação cultural, em uma relação entre professor/criança/estudante, como trocas culturais que potencializam a formação discente de forma restrita e significativa.
D) Em pensar uma estrutura curricular por áreas, que pressupõem – a interdisciplinaridade entre os diferentes componentes curriculares, sendo necessário abrir mão de seus conhecimentos específicos.
E) Ao processo de ensino-aprendizagem de crianças e estudantes, que deve ser realizado de forma dialogada, contextualizada, desafiadora, estimulando a participação dos discentes nas aulas, determinando suas formas de ver o mundo e de atuarem nele.
CONSULPLAN - QUESTÃO 03
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial que organiza atividades, recursos pedagógicos e de acessibilidade, de forma a complementar ou suplementar a escolarização dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, matriculados em classes comuns do ensino regular.
Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. Sobre tal complementação ou suplementação, é correto afirmar que:
A) O atendimento suplementar trabalha com alunos que possuem dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, de forma a consolidar o conhecimento.
B) O atendimento complementar é usado quando os alunos possuem altas habilidades/superdotação, o que faz com que o ensino seja adaptado às suas necessidades.
C) O atendimento complementar atua para suprir a falta de determinada necessidade educacional; o atendimento suplementar é usado quando o aluno já possui o conhecimento necessário.
D) O atendimento suplementar atua para suprir a falta de determinada necessidade educacional, o atendimento complementar é usado quando o aluno já possui o conhecimento necessário.
E) Esse serviço, instituído pelo Projeto Político-Pedagógico da escola, é realizado, preferencialmente, na sala de recursos multifuncionais, individualmente, para se garantir atenção exclusiva, no mesmo turno ao da escolarização em sala de aula comum.
CONSULPLAN - QUESTÃO 04
No âmbito da sociedade civil, o movimento “escola sem partido” tem construído uma forte articulação política para aprovar uma Lei que altere a LDB, de modo a impedir que escolas públicas e docentes promovam suas preferências ideológicas ou aplicação dos postulados da teoria ou ideologia de gênero. Paralelamente a tal movimento, vários grupos conservadores têm incentivado pais e alunos a enviarem notificações extrajudiciais aos docentes para proibir-lhes de tratar sobre “ideologia de gênero” nas escolas, assim como a denunciarem e processarem judicialmente docentes e gestores que insistirem em abordar essa temática e/ou questionar os modelos de gênero e sexualidade estabelecidos. Com impacto direto no currículo escolar, os diversos fatos citados anteriormente nos permitem perceber claramente:
A) O comprometimento de todo o edifício social e legal que tinha seu sustento sobre a instituição da família. Os princípios legais para a construção de uma nova sociedade, baseada na total permissividade sexual, terão sido lançados na escola sem partido.
B) Que, para além da luta pela inclusão das demandas por igualdade de gênero e orientação sexual nos planos nacionais, estaduais e municipais de educação, os grupos conservadores têm atuado diretamente no sentido de incentivar estas temáticas nos materiais didáticos, nas práticas e na formação docente.
C) Os contornos do que pode ser caracterizado como um debate hegemônico entre os discursos que assumem e afirmam o caráter normativo dos modelos de masculinidade, femilinidade, relacionamento afetivo e sexualidade considerados tradicionais e naturais, bem como os discursos que recusam essa naturalização e defendem perspectivas pluralistas.
D) O aparecimento do que pode ser caracterizado como um debate contra-hegemônico entre os discursos que assumem e afirmam o caráter legalista dos modelos de masculinidade, femilinidade, relacionamento afetivo e sexualidade considerados contra a natureza humana, bem como os discursos que recusam essa naturalização e defendem perspectivas maniqueístas.
E) A forma como a sociedade tornou-se vítima de uma revolução sexual promovida por uma aliança de poderosas organizações, forças políticas e meios de comunicação, a qual atenta contra a própria existência da família como célula básica da sociedade. Para tal, os defensores da “escola sem partido” tentam implantar no ensino básico um currículo que desenvolva a educação para o respeito entre os diferentes grupos presentes na sociedade.
CONSULPLAN - QUESTÃO 05
A taxa de analfabetismo ainda recua a passos lentos, descendo a 6,6% em 2019. O Brasil ainda tem 11,041 milhões de analfabetos, ou seja, pessoas que já completaram 15 anos de idade sem aprender a ler nem escrever. A imensa maioria deles, cerca de 76%, era de cor preta ou parda. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Educação 2019, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A concentração de analfabetismo tem faixa etária e raça. A taxa de analfabetismo fica mais alta, ainda, ao restrigir às pessoas de 60 anos ou mais (de idade) e, além disso, da cor preta ou parda.”
(Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/
agencia-estado/2020/07/15/ibge-analfabetismo-cai-a-66-em-2019-
mas-11-milhoes-nao-sabem-ler-nem-escrever.htm?cmpid=copiaecola.
Acesso em: 27/03/2022. Adaptado.)
É necessário um esforço conjunto entre os entes federados no enfrentamento desta situação no Brasil. Particularmente, no município de Juiz de Fora, o Plano Municipal de Educação prevê estratégias a serem implementadas a partir de sua promulgação, tendo o combate ao analfabetismo da população entre as suas metas. São consideradas estratégias para o alcance desta meta durante a vigência do Plano Municipal de Educação, EXCETO:
A) A Secretaria de Educação buscará articulação em vários níveis, incluindo Instituições de Ensino Superior públicas, para promoção de atividades culturais, tecnológicas e de lazer à população jovem, adulta e idosa.
B) A Secretaria de Educação, em regime de colaboração com a Superintendência Regional de Ensino, implementará ações de alfabetização de jovens e adultos, visando garantir o acesso e a continuidade da escolarização básica com turmas seriadas a fim de manter a qualidade do ensino.
C) A Secretaria de Educação articulará com a Superintendência Regional de Ensino a abertura de turmas de ensino médio, modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), no início de cada período letivo de regime semestral, possibilitando a continuidade dos estudos para os alunos com terminalidade do ensino fundamental.
D) A Secretaria de Educação proverá a assunção técnica e financeira dos serviços de transporte escolar, alimentação e saúde, inclusive atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos, em articulação com a área de saúde, incluindo atendimento psicopedagógico, para todos os alunos do território matriculados e frequentes na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
E) A Secretaria de Educação, em articulação com a Secretaria de Desenvolvimento Social e em colaboração com a Universidade Federal de Juiz de Fora, buscará o desenvolvimento de políticas de erradicação do analfabetismo e acesso à tecnologias educacionais; a implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos idosos; e, a inclusão de temas sobre velhice e envelhecimento nas escolas.
CONSULPLAN - QUESTÃO 06
Recentemente o povo brasileiro foi surpreendido pela notícia de um crime em uma escola de Educação Infantil no Estado de São Paulo: “Uma escola infantil particular chamada Colmeia Mágica, localizada no bairro Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, é investigada pela Polícia Civil após vazarem vídeos de crianças sendo maltratadas. As imagens mostram dois bebês amarrados com lençóis e chorando embaixo de uma pia”.
(Disponível em: https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/
2022-03-15/sp--escola-amarra-criancas-e-e-investigada-
por-maus-tratos.html.)
O procedimento utilizado pelas “profissionais” desta instituição contraria toda e qualquer lógica pedagógica na Educação, que deve promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações.
Dentre os campos de experiências elencados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), bem como no Referencial Curricular de Juiz de Fora, o que prevalentemente deve promover oportunidades para que as crianças ampliem o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, bem como respeitar e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos é:
A) O eu, o outro e o nós.
B) Traços, sons, cores e formas.
C) Corpo, gestos e movimentos.
D) Escuta, fala, pensamento e imaginação.
E) Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
CONSULPLAN - QUESTÃO 07
Leia atentamente a descrição da cena de uma aula de história:
[...] o professor preparou QR Codes com informações sobre personagens das revoluções inglesas e espalhou pelo pátio da escola. As turmas foram divididas em equipes e os alunos tiveram que encontrar os códigos. De volta à sala de aula, eles descobriram quais eram as informações e cada equipe teve que montar uma apresentação para o personagem histórico como se fosse uma apresentação de participantes de um reality show. Os alunos e o professor dialogaram sobre esses personagens e sua relevância para a história das revoluções inglesas e fizeram simulações sobre quem seria o líder, o anjo, quem enfrentaria um paredão.
(Disponível em: https://agorarn.com.br/como-professor-de
-escola-natalense-tem-mudado-forma-de-ensinar/
Acesso em: 26/03/2022. Adaptado.)
De acordo com Luckesi, a tendência pedagógica na prática escolar cujas características predominantes corroboram com a estratégia para o ensino do conteúdo “personagens das revoluções inglesas” escolhida por este professor é a tendência:
A) Progressista libertária.
B) Liberal renovada tradicional.
C) Liberal renovada não-diretiva.
D) Liberal renovada progressivista.
E) Progressista crítico-social dos conteúdos.
CONSULPLAN - QUESTÃO 08
A preparação para o processo produtivo e para a vida em sociedade técnico-informacional envolve a necessidade de a escola preparar para o mundo do trabalho e para as alternativas de trabalho, tendo em vista a flexibilização que caracteriza o processo produtivo contemporâneo e a adaptação dos trabalhadores às complexas condições de exercício de sua profissão. Isso implica que a educação escolar deverá centrar-se:
I. Na formação geral, cultural e científica que permita a diversidade/integração de conhecimentos básicos da ciência contemporânea e de habilidades técnicas que fundamentam os novos processos sociais e cognitivos.
II. Na preparação tecnológica e no desenvolvimento de saberes, habilidades e atitudes básicas que caracterizam o processo de escolarização, incluindo as qualificações do novo processo produtivo, como compreensão da totalidade do processo de produção e capacidade de tomar decisões, fazer análises globalizantes, interpretar informações de toda natureza, pensar estrategicamente e desenvolver a flexibilidade intelectual.
III. No desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas encaminhadas para um pensamento autônomo, crítico e criativo. Tal desenvolvimento está intimamente relacionado à heteroconstrução do conhecimento.
Está correto o que se afirma em
A) I, II e III.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) II e III, apenas.
CONSULPLAN - QUESTÃO 09
Os currículos e as propostas político-pedagógicas das escolas têm merecido cada vez mais atenção por parte de todos aqueles que atuam por uma educação antirracista e que valorizem efetivamente a diversidade na sociedade e na escola.
“De acordo com os dados trazidos pelo ‘Relatório reprovação, distorção idade-série e abandono escolar’, do Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF, metade dos mais de 910 mil estudantes que deixaram as escolas municipais e estaduais de todo o país, em 2018, eram pretos e pardos (453 mil). Além disso, as populações preta, parda e indígena têm entre 9% e 13% de estudantes reprovados, enquanto entre brancos tal percentual é de 6,5%.”
(Disponível em: https://www.cenpec.org.br/noticias/o
-racismo-estrutural-na-escola-e-a-importancia-de-uma
-educacao-antirracista. Adaptado.)
Do ponto de vista de uma educação e um currículo para a igualdade racial, é possível depreender que:
A) Mister se faz suplantar as resistências e os processos de luta por direitos, protagonizados por tantos movimentos sociais ao longo da história do país, dentre eles, os movimentos negros.
B) Desenvolver um currículo e uma proposta pedagógica que refuta a diversidade, evitando o estímulo de comportamentos danosos para trazer nos corpos e nos modos de ser o traço de suas diferenças.
C) É necessário promover o desenvolvimento de um currículo pautado por uma visão eurocêntrica de mundo, dando a oportunidade para as etnias que compõe a diversidade cultural do Brasil conhecerem suas verdadeiras origens e ancestralidade.
D) Havemos de considerar outra visão de currículo e de proposta político-pedagógica, pois é fundamental um “currículo cheio de vida” e uma proposta pedagógica que nasça do diálogo com a comunidade, permitindo que todos aprendam a olhar a realidade a partir de diferentes perspectivas.
E) É preciso considerar a ideia de currículo compreendido como um conjunto de disciplinas e conteúdos, que considera as histórias e as necessidades cotidianas vividas pelas pessoas em suas comunidades, e que sustenta racismos e práticas discriminatórias por meio de silêncios, omissões, ou mesmo de forma explícita.
CONSULPLAN - QUESTÃO 10
Agir com intencionalidade pedagógica é organizar a aula de maneira consciente, planejada, criativa e capaz de produzir um efeito positivo na aprendizagem do aluno.
Faz-se necessário ressaltar, também, que a intencionalidade pedagógica vai além do “ritual” de planejamento de conteúdos; ela incide, principalmente, na postura do professor, que deve buscar o tempo todo um diálogo franco, elucidativo, formativo e proativo com os seus alunos, ajustando, precisamente, o seu discurso na tentativa de construir algo maior que a transmissão de conceitos e teorias.
De acordo com Luckesi, a assimilação dos conteúdos socioculturais, dentro da escola, se dá pelo processo de uma aprendizagem intencional que, por sua vez, depende de um ensino também intencionalmente estabelecido. Para o autor, a aprendizagem intencional deve ser:
A) Ativa e inteligível.
B) Lógica e semiótica.
C) Reflexa e gestáltica.
D) Multifacetada e única.
E) Significativa e metódica.
CONSULPLAN - QUESTÃO 11
Leia o relato a seguir sobre uma situação ocorrida em uma universidade do México:
“Uma aluna se levantou e disse que não era normal essa romantização da cultura do estresse, de viver todo o tempo com medo de ser reprovado, de tomar ansiolíticos para conseguir estudar”, conta um aluno de 22 anos, que preferiu não se identificar. “Então, um a um, os estudantes começaram a contar histórias de tentativas de suicídio, humilhações, assédio sexual, homofobia e outros casos que aconteceram na universidade.”
(Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2020/01/10/morte-
aluna-humilhacoes-universidade-mexico.htm. Acesso em: 27/03/2022.)
O ocorrido não interessaria a profissionais da educação básica se a “romantização do estresse educacional”, a pressão por alto desempenho e a falta de compreensão e mediação do erro do aluno não ocorressem dentro da maioria das escolas em qualquer lugar do mundo. Jussara Hoffmann denuncia, em relação à prática tradicional de avaliação, o sério prejuízo que tais procedimentos classificatórios trazem ao desenvolvimento socioafetivo dos alunos. Para a autora, a ação mediadora do professor:
A) Não pode ao mesmo tempo ser uniforme em todas as situações de tarefas dos alunos.
B) Considera que todo e qualquer erro é construtivo e o aluno é capaz de descobrir todas as respostas.
C) Considera a aprendizagem no sentido amplo, corrigindo o “errando também se aprende” por “errando se aprende”.
D) Sustenta o significado de correção/retificação para o de interpretação da lógica possível do aluno diante da área e conhecimento em questão.
E) Dá ao professor a possibilidade do desenvolvimento de procedimentos de intervenção que sirvam de regras gerais, que se apliquem a todas as tarefas, seja qual for a natureza.
CONSULPLAN - QUESTÃO 12
As Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o atendimento educacional especializado na educação básica pautam as redes de ensino público e particular na adoção das medidas inclusivas de organização escolar, cujas mudanças podem ser observadas sob três ângulos: o dos desafios provocados por essa inovação; o das ações no sentido de efetivá-la nas turmas escolares, incluindo o trabalho de formação de professores; e, finalmente, o das perspectivas que se abrem à educação escolar, a partir da implementação de projetos inclusivos.
Considerando que a educação especial é uma modalidade que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, é correto afirmar que, EXCETO:
A) Nos casos de escolarização em classe hospitalar ou em ambiente domiciliar, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) é ofertado aos alunos, público-alvo da educação especial, de forma complementar ou suplementar.
B) O Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem como função diagnosticar, elaborar e organizar apoio psicoterápico e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
C) Os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, os com transtornos globais do desenvolvimento e os alunos com altas habilidades/superdotação nas escolas comuns do ensino regular e ofertar o AEE, promovendo o acesso e as condições para uma educação de qualidade.
D) Consideram-se serviços e recursos da educação especial aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo por meio da promoção da acessibilidade aos materiais didáticos, aos espaços e equipamentos, aos sistemas de comunicação e informação e ao conjunto das atividades escolares.
E) Para o atendimento às necessidades específicas relacionadas às altas habilidades/superdotação são desenvolvidas atividades de enriquecimento curricular nas escolas de ensino regular em articulação com as instituições de educação superior, profissional e tecnológica, de pesquisa, de artes, de esportes, dentre outras.
CONSULPLAN - QUESTÃO 13
Para especialistas em educação é preciso aproveitar o momento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para enfrentar a excessiva fragmentação dos currículos com matérias estanques que não discorrem entre si. Nesse sentido, a implementação da BNCC envolve mudanças de conceitos sobre conteúdo, avaliação e contexto de aprendizagem.
Diante do exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O conhecimento cognitivo puro deixa de ser o maior enfoque da formação, saindo de uma formação conteudista para uma formação que considera o que é possível fazer com o conhecimento adquirido.
( ) As provas e as avaliações deverão tornar-se um glossário de acompanhamento dos alunos.
( ) O conteúdo passa a ter significado para além das provas e é sob esse fundamento que as avaliações curriculares devem ser reformuladas.
( ) Cada habilidade propõe que o conteúdo deve ter em si uma finalidade e uma intencionalidade pedagógica; o volume de assuntos é mais enxuto e direcionado.
( ) Espera-se a formação de um aluno que saiba se aprofundar em suas áreas de interesse, com autonomia para buscar conhecimento independentemente do conteúdo programático.
( ) Tudo o que é aprendido deve fazer parte de um contexto maior relacionado à vida do aluno e com algum nível de aplicação prática, fazendo com que ele busque a habilitação técnica durante a escolarização básica.
A sequência está correta em
A) V, F, V, V, V, F.
B) F, V, F, F, F, V.
C) F, F, V, V, V, F.
D) V, V, V, V, F, F.
E) V, F, F, F, V, V.
CONSULPLAN - QUESTÃO 14
Para Piaget, uma aprendizagem pode ser realizada em poucas horas ou até em minutos e ter longa duração. No entanto, uma estrutura gerada pelo processo de desenvolvimento demorará anos para ser construída e, uma vez construída, fará parte da vida do organismo, do indivíduo, ou do sujeito.
Os estágios do desenvolvimento do sensório-motor ao operatório formal e da Epistemologia Genética apresentam a história de formação, organização e funcionamento das estruturas operatórias.
Assinale, a seguir, a correlação correta entre o estágio de desenvolvimento e o aparecimento das estruturas.
A) Estágio operatório concreto – estruturas lógicas.
B) Estágio operatório formal – estruturas combinatórias.
C) Estágio operatório formal – estrutura da relação causal.
D) Estágio sensório-motor – estrutura da função simbólica.
E) Estágio pré-operatório – estrutura do objeto permanente.
CONSULPLAN - QUESTÃO 15
Os conceitos, os princípios e as direções expressas na teoria de desenvolvimento de Henri Wallon são instrumentos que nos auxiliam na compreensão do processo de constituição da pessoa, no movimento que vai do bebê ao adulto de sua espécie, conforme os modelos que a cultura de seu tempo disponibiliza.
À luz desta teoria, no processo de desenvolvimento, os princípios que regulam os recursos de aprendizagem são os mesmos para a criança e para o adulto; porém, com tempos e aberturas diferentes.
Considerando os princípios da teoria Walloniana, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Ensino-aprendizagem: uma dificuldade de aprendizagem é também um problema de ensino.
B) Situações conflitivas: a qualidade da relação é revelada pela forma como os conflitos são resolvidos.
C) Desenvolvimento de conjuntos funcionais: em cada estágio tem-se uma pessoa completa, com possibilidades e limitações próprias.
D) Imitação: mantém uma relação dialética com o processo de oposição; é instrumento poderoso e aprendizagem para a criança, bem como para o adulto.
E) Da diferenciação para o sincretismo: o início de qualquer aprendizagem nova caracteriza-se pela diferenciação, passando gradativamente para o sincretismo.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DA ÁREA
CONSULPLAN - QUESTÃO 16
Segundo Chrispino (2004), a mediação induz atitudes de tolerância, responsabilidade e iniciativa individual que podem contribuir para uma nova ordem social.
O primeiro ponto para a introdução da mediação de conflito no universo escolar é assumir que existem conflitos e que estes devem ser superados, a fim de que a escola cumpra melhor as suas reais finalidades.
São vantagens identificadas no uso da prática da mediação diante do conflito escolar, EXCETO:
A) Melhorar as relações entre alunos, facultando melhores condições para o bom desenvolvimento da aula.
B) Criar sistemas mais organizados para enfrentar o problema divergência → antagonismo → conflito → violência.
C) Consolidar a boa convivência entre diferentes e divergentes, permitindo o surgimento e o exercício da tolerância.
D) Difundir uma imagem negativa do conflito, devendo-se sempre evitá-la, pois gera momentos de estresse e hostilidade.
E) Desenvolver o autoconhecimento e o pensamento crítico, uma vez que o aluno é chamado a fazer parte da solução do conflito.
CONSULPLAN - QUESTÃO 17
Na comunidade escolar existem pontos que contribuem para o surgimento dos conflitos e que, na maioria das vezes, não são explícitos ou mesmo percebidos. A prioridade que se dá para os diferentes conflitos escolares é um primeiro ponto. Martinez Zampa (2005, p. 29) diz que os professores consideram que os conflitos mais frequentes e importantes se dão entre seus colegas e diretores, colocando em segundo lugar de importância os conflitos entre alunos.
(Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/TytpKNQ94yYRNYmhqBXTwxP/?lang=pt&format=pdf. Adaptado.)
Considerando os conflitos educacionais entre membros da comunidade educacional ocorridos na escola, analise as afirmativas a seguir.
I. Conflitos entre as autoridades formal e funcional: surgem quando não há coincidência entre a figura da autoridade formal (diretor) e da autoridade funcional (líder situacional).
II. Conflitos em torno da pluralidade de pertencimento: ocorrem quando o docente faz parte de diferentes estabelecimentos de ensino, ou mesmo de níveis diferentes de ensino.
III. Conflitos para definir o projeto institucional: surgem porque a construção do projeto educacional favorece a manifestação de diferentes posições quanto a objetivos, procedimentos e exigências no estabelecimento escolar.
IV. Conflitos entre a comunidade ao redor da escola e os membros da comunidade educacional: onde emanam de redes sociais de diferentes atores, rompem-se as concepções rígidas dos muros da escola, ampliando-se as fronteiras.
V. Conflitos para operacionalizar o projeto educativo: acontecem porque, no momento de executar o projeto institucional, surgem divergências nos âmbitos de planejamento, execução e avaliação, levando a direção a lançar mão de processos de coalizão, adesões etc.
Está correto o que se afirma em
A) I, II, III, IV e V.
B) I, II e III, apenas.
C) II, III e IV, apenas.
D) III, IV e V, apenas.
E) I, II, III e V, apenas.
CONSULPLAN - QUESTÃO 18
De acordo com Magda Soares, uma nova concepção de aprendizagem e ensino da língua escrita ocorre através de mudanças significativas nas concepções de aprendizagem e ensino da língua escrita e vem ocorrendo desde os anos 80, do século anterior. Essa mudança é fruto, fundamentalmente, dos seguintes fatores; analise-os.
I. As ciências linguísticas, a sociolinguística, a psicolinguística, a linguística textual e as análises do discurso começam a ser “aplicadas” ao ensino da língua materna: novas concepções de língua e linguagem, de variantes linguísticas, de oralidade e escrita, de texto e discurso, reconfiguram o objeto da aprendizagem e do ensino da escrita e, consequentemente, o processo dessa aprendizagem e desse ensino.
II. A psicologia genética piagetiana traz uma nova compreensão do processo de aprendizagem da língua escrita, através, particularmente, das pesquisas e publicações de Emília Ferreiro e seus colaboradores, obrigando a uma revisão radical das concepções do sujeito aprendiz da escrita, e de suas relações com esse objeto de aprendizagem – a língua escrita.
III. A teoria do Behaviorismo faz uma importante contribuição para a alfabetização, pois o método sintético se estrutura em suas bases. Insiste, fundamentalmente, em uma correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia.
O seu ensino inicia-se de um grau de dificuldade mais simples percorrendo até chegar a um mais complexo, ou seja, o sistema de ensino parte das partes para um todo; primeiro a criança domina o alfabeto, depois as sílabas, as palavras, frases e, finalmente, os textos.
Está correto o que se afirma em
A) I, II e III.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) II e III, apenas.
CONSULPLAN - QUESTÃO 19
Embora alfabetizados, crianças e jovens, na continuidade de seu processo de escolarização, e adultos já escolarizados revelavam incapacidade de responder adequadamente as muitas e variadas demandas de leitura e de escrita nas práticas não só escolares, mas também sociais e profissionais. Reconheceu-se, assim, que um conceito restrito de alfabetização que exclua os usos do sistema de escrita é insuficiente diante das muitas e variadas demandas de leitura e de escrita [...].
Em outras palavras, aprender o sistema alfabético de escrita e, contemporaneamente, conhecer e aprender seus usos sociais: ler, interpretar e produzir textos. Não apenas alfabetizar, mas alfabetizar e letrar, “alfaletrar”.
(Magda Soares. 2020. Adaptado.)
Considerando o exposto, NÃO é essencial para reverter o fracasso na alfabetização:
A) Orientação dos processos de conceitualização da língua escrita pela criança e de sua progressiva apropriação do princípio alfabético.
B) Diagnósticos periódicos da aprendizagem, elaborados, aplicados e corrigidos pelos próprios professores, que guiam o processo de ensino.
C) Desenvolvimento de habilidades de leitura fluente e de interpretação de textos, de produção de textos, desde a educação infantil até os anos iniciais do ensino fundamental.
D) Mudança do foco da ação docente, por meio de um processo cotidiano de desenvolvimento profissional dos professores com definição de metas a alcançar em cada ano de escolarização.
E) A escolha entre métodos de alfabetização, que se orientam pela concepção de alfabetizar: ensinar a criança a ler (a leitura entendida como decodificação) e a escrever (a escrita entendida como codificação), ou seja, a decifrar um código.
CONSULPLAN - QUESTÃO 20
Segundo Weiss (et al. 2009), “o professor precisa compreender o caminho de aprendizagem que o aluno está percorrendo e, em função disso, identificar as atividades que farão seu avanço”. Para a autora, não é o processo de aprendizagem que deve se adaptar ao do ensino; mas, sim, o processo de ensino se adaptar ao da aprendizagem, ou melhor, “o processo de ensino deve dialogar com o da aprendizagem”.
Para tanto, boas situações de aprendizagem, de acordo com o exposto, são aquelas que garantem que, EXCETO:
A) A organização de tarefas pelo professor deve atestar a máxima informação possível.
B) Os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem produzir.
C) Os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar/aprender.
D) O professor tem como tarefa transmitir os conteúdos, fazendo com que os seus alunos aprendam o que lhes foi informado.
E) O conteúdo trabalhado mantém suas características de objeto sociocultural real, sem se transformar em objeto escolar vazio de significado social.
CONSULPLAN - QUESTÃO 21
Quando analisamos a função social da escola na educação através do ensino, nos damos conta que a atuação da Coordenação Pedagógica será no campo da mediação, pois quem está diretamente vinculado à tarefa do ensino stricto sensu é o professor.
O supervisor-coordenador relaciona-se com o professor, visando sua relação – diferenciada, qualificada – com os alunos; neste contexto, é preciso atentar para a necessária articulação entre pedagogia da sala de aula e pedagogia institucional, uma vez que, no fundo, o que está em questão é a mesma tarefa: a formação humana [...].
(Vasconcelos, 2002. Adaptado.)
Considerando que quem pratica, quem gere a prática pedagógica é o professor, e quando a coordenação pedagógica não estabelece uma dinâmica de interação que facilite o avanço na sala de aula, é possível inferir que ocorre:
A) Trabalho com ideias e projetos de transformação.
B) Acolhida do professor em sua realidade, em suas angústias.
C) Busca de caminhos alternativos, fornecendo novos materiais, provando o avanço.
D) Uma fonte inesgotável de técnicas e receitas para os problemas existentes e produção de relatórios e gráficos para seus projetos.
E) Crítica dos acontecimentos, que ajudam a compreender a própria participação do professor nos problemas, compreendendo, assim, as suas contradições.
A informação a seguir contextualiza as questões 22 e 23. Leia-a atentamente.
A especificidade da atuação do coordenador pedagógico, segundo Vasconcelos (2002), refere-se aos processos de aprendizagem, onde quer que ocorram, e para que este papel possa se efetivar na instituição de ensino, e o Coordenador
Pedagógico possa ajudar a produzir as mudanças indispensáveis nas práticas de ensino são necessárias as condições “objetivas” e “subjetivas”.
CONSULPLAN - QUESTÃO 22
Quando se fala de mudança da prática de sala de aula para educadores, não há uma adesão imediata; ao contrário, manifesta-se amiúde uma certa resistência, comentários que deixam transparecer nas entrelinhas descrença ou desânimo [...].
Para dar conta deste desafio, a coordenação pedagógica deverá ser capacitada nas dimensões básicas da formação humana: as condições subjetivas. Sobre as condições subjetivas visando à ação do coordenador pedagógico, infere-se que se tratam das seguintes dimensões:
A) Técnica; habilidade; e, procedimento.
B) Conceitual; procedimental; e, técnica.
C) Procedimental; técnica; e, historicidade.
D) Conceitual; procedimental; e, atitudinal.
E) Procedimental; historicidade; e, atitudinal.
CONSULPLAN - QUESTÃO 23
Sobre as dimensões objetivas para a ação do coordenador pedagógico, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) Colocar-se em efetiva atitude de escuta diante da queixa do professor.
B) Organizar grupos de estudos e formação entre colegas e profissionais afins.
C) Ter espaço para fazer acompanhamento individual (ou em grupo pequeno) e sistemático.
D) Ter presente que o trabalho coletivo pode ocorrer em diferentes e articulados níveis de participação: na escola; na comunidade; e, entre escolas.
E) Comprometer-se com a busca de melhores condições de trabalho na escola, tanto do ponto de vista pedagógico e administrativo quanto comunitário.
CONSULPLAN - QUESTÃO 24
O plano de aula é um instrumento que sistematiza os conhecimentos, as atividades e os procedimentos que se pretende realizar em uma determinada aula, tendo em vista o que se espera alcançar como objetivos junto aos alunos.
Ele é um detalhamento do plano de curso, devido à sistematização que faz das unidades deste plano, criando uma situação didática concreta de aula. Os objetivos de um plano de aula podem ser “gerais” ou “específicos”. Trata-se de objetivo geral:
A) Inferir com base no conceito.
B) Descrever o conceito com suas palavras.
C) Resolver problemas com base no conceito.
D) Estabelecer a distinção entre dois conceitos.
E) Compreender conceitos, princípios e esquemas conceituais.
A informação a seguir contextualiza as questões 25 e 26. Leia-a atentamente.
“As teorias curriculares nos auxiliam a compreender a realidade curricular na medida em que analisam, interpretam e criam novas acepções sobre o currículo. No decorrer da história da educação, foram sistematizadas três teorias sobre o currículo: teorias tradicionais, teorias críticas e teorias pós-críticas. Cada teoria, diferentemente, tem contribuído para a discussão, a produção e o desenvolvimento curricular, em determinado contexto histórico.”
CONSULPLAN - QUESTÃO 25 - ANULADA.
CONSULPLAN - QUESTÃO 26
O foco de estudo das teorias curriculares pós-críticas centra-se nas seguintes categorias, EXCETO:
A) Raça
B) Etnia.
C) Gênero
D) Identidade.
E) Metodologia.
CONSULPLAN - QUESTÃO 27
Freire defende que o coordenador pedagógico é, primeiramente, um educador e como tal deve estar atento ao caráter pedagógico das relações de aprendizagem no interior da escola; ele leva os professores a analisarem suas práticas, resgatando a autonomia docente sem desconsiderar a importância do trabalho coletivo, agindo como um parceiro do professor. O coordenador vai transformando a prática pedagógica. Diante do exposto, pode-se afirmar que essa práxis é composta pelas seguintes dimensões:
I. Reflexiva: auxilia na compreensão dos processos de aprendizagem.
II. Fiscalizadora: avalia e mensura o trabalho dos diversos atores escolares.
III. Conectiva: possibilita inter-relação entre professores, gestores, funcionários, pais e alunos.
IV. Interventiva: modifica algumas práticas arraigadas que não traduzem mais o ideal de escola.
V. Avaliativa: estabelece a necessidade de repensar o processo educativo em busca de melhorias.
Estão corretas apenas as dimensões
A) II e III.
B) IV e V.
C) I, II e III.
D) I, III, IV e V.
E) II, III, IV e V.
CONSULPLAN - QUESTÃO 28
Compete ao coordenador pedagógico (CP) [...] “em seu papel formador, oferecer condições ao professor para que aprofunde sua área específica e trabalhe bem com ela, ou seja, transforme o seu conhecimento específico em ensino”.
Importa, então, destacar dois dos principais compromissos do CP: com uma formação que represente o projeto escolar [...] e com a promoção do desenvolvimento dos professores. Imbricados no papel formativo, estão os papéis de articulador e transformador.
(Placco; Almeida; Souza, 2011. Adaptado.)
Considerando a promoção do desenvolvimento do professor, o coordenador pedagógico poderá utilizar estratégias complementares de trabalho; marque V, para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Reduzir o burocrático ao mínimo, para não comprometer o fundamental do trabalho educativo.
( ) Ter uma visão estratégica, identificando, no grupo, quem está apto para mudanças, reconhecê-lo para fortalecê-lo; isso facilita um trabalho inicial.
( ) Conferir e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou correspondências da escola, de comum acordo com a secretaria escolar.
( ) Acompanhar a aula é um poderoso recurso para a formação do professor. A aula deverá ser assistida, e, no momento oportuno, o coordenador fará uma devolutiva. Ainda, a aula poderá ser filmada e discutida, posteriormente, em grupo.
( ) Recorrer a análise de casos concretos para estudo é um bom método de aprendizagem para a inovação, ou seja, toma-se uma situação objetivamente transformada e estuda-se seu processo, tentando descobrir os determinantes da mudança.
A sequência está correta em
A) F, V, V, F, V.
B) F, V, V, V, F.
C) V, F, F, V, F.
D) V, F, V, F, V.
E) V, V, F, V, V.
CONSULPLAN - QUESTÃO 29
De acordo com Araújo (2003), o objetivo da educação gira em torno de dois eixos: a “instrução” e a “formação”.
A instrução refere-se à transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade e representados, na escola, pelos conteúdos disciplinares; a formação volta-se para a ética e a cidadania, que pressupõem a construção de uma sociedade que garanta vida digna para todos os seres humanos, compreendendo o desenvolvimento de aspectos que deem, aos alunos, certas “[...] condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais necessárias para uma vida pessoal digna e saudável e para poderem exercer e participar efetivamente da vida política e pública da sociedade, de forma crítica e autônoma”.
Considerando o exposto, bem como os eixos instrução e formação, o autor apresenta uma proposta de trabalho pedagógico pautada nos princípios da transversalidade e da estratégia de projetos. Diante disso, analise as afirmativas a seguir.
I. A articulação entre a transversalidade e a estratégia de projetos pauta-se em um trabalho interdisciplinar, em que os conhecimentos são vistos como uma rede de relações, em um percurso não linear, permeado por incertezas.
II. Para a construção de um projeto, a temática é escolhida pelo docente diante do currículo de formação. Em seguida, poderá ser apresentada aos alunos, para que informem suas curiosidades e interesses a respeito do tema a ser abordado.
III. O foco do projeto deverá estar relacionado, por exemplo, aos direitos humanos, à afetividade, aos problemas sociais, à resolução de conflitos etc. Tal temática articula-se aos conteúdos escolares.
IV. Ao longo do projeto, as disciplinas escolares vão sendo contempladas e passam a oferecer suporte na busca por respostas às questões levantadas pelo grupo. O planejamento dos conteúdos disciplinares a ser ensinado e aprendido, assim como as estratégias metodológicas das aulas, é elaborado pelo docente, considerando o currículo referente à idade/série.
Está correto o que se afirma apenas em
A) I e III.
B) II e III.
C) III e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
A informação a seguir contextualiza as questões 30 e 31. Leia-a atentamente.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, que reúne, periodicamente, os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos, supervisores e orientadores educacionais, para refletirem conjuntamente e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries ou ciclos. Há algumas características básicas que o tornam diferente dos demais órgãos colegiados, conferindo-lhe especial importância no que tange ao desenvolvimento do projeto pedagógico da escola. São elas: “a forma de participação direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam no processo pedagógico”; e, “a organização interdisciplinar”; “a centralidade da avaliação escolar como foco de trabalho da instância”.
(Dalben, 2006. Adaptado.)
CONSULPLAN - QUESTÃO 30
A centralidade conferida aos objetivos de ensino e aprendizagem nos trabalhos do Conselho de Classe é uma característica que o coloca em evidência em relação às demais instâncias colegiadas da escola.
As reuniões do Conselho de Classe estruturam-se a partir de objetivos organizados em função das necessidades emergentes e serão tais objetivos que irão definir o tipo de organização mais adequado às reuniões, especialmente quanto à escolha dos participantes.
Considerando o objetivo: “identificar alunos com dificuldades específicas de aprendizagem”, assinale a estrutura que deverá compor a reunião do Conselho de Classe, segundo a autora evidenciada.
A) Um professor, toda a turma de alunos ou grupo de turmas de alunos e diretor.
B) Todos os professores de uma turma ou grupo de turmas e representante de pais.
C) Um professor por turma, um representante da equipe técnico-pedagógica e alunos.
D) Todos os professores de uma turma ou grupo de turmas; equipe técnico-pedagógica e diretor.
E) Todos os professores de uma turma ou grupo de turmas; equipe técnico-pedagógica; alunos das respectivas turmas ou grupo de representantes que poderão contar com a participação dos pais.
CONSULPLAN - QUESTÃO 31
Considere a imagem que representa hipoteticamente uma reunião do Conselho de Classe em uma cultura escolar tradicionalmente instalada, para análise das notas obtidas pelo aluno “J” no 8º ano do ensino fundamental:
Considerando o contexto, o papel do Conselho de Classe é, EXCETO:
A) Buscar novas formas de acompanhamento dos alunos em seu percurso nos ciclos.
B) Rever propostas curriculares alternativas para alunos com dificuldades específicas.
C) Elaborar fichas de registro do desempenho do aluno, objetivando o seu acompanhamento no decorrer dos ciclos e informação aos pais.
D) Reforçar e legitimar os resultados dos alunos, como um veredito, acabado, já fornecido pelos professores e registrado em seus diários.
E) Propor adaptação curricular para alunos portadores de necessidades educativas especiais e proposta de organização dos estudos complementares.
CONSULPLAN - QUESTÃO 32
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educação de 1997 e 1998 — desestabilizaram de forma significativa a presença da Educação Física na escola, naquilo que apontam para a autonomia das instituições escolares na organização de seus Projetos Político-Pedagógicos.
Não se trata de um “fim de sua obrigatoriedade” conforme tem sido anunciado na mídia educativa ou por segmentos corporativistas. Mas a exigência posta desde então é a de que a presença da Educação Física na escola precisa ser qualificada, sistematizada e realizada como parte indissociável da escolarização básica, considerando-se, aí, que “a escola tem uma dinâmica cultural específica e é nela que a educação física é constituída como disciplina”.
(Vago, 1999b, p. 24. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/
fef/article/view/48/2699. Adaptado.)
Diante do exposto, refere-se a um princípio orientador da prática da educação física na educação básica:
A) O tempo de descanso e de recomposição para novos trabalhos sérios em sala de aula.
B) A demanda escolar e social por uma educação física considerada como sinônimo de disciplinarização e adestramento dos corpos.
C) O reforço nas práticas escolares da dualidade corpo-mente, materializado no isolamento pedagógico, espacial e temporal da disciplina.
D) A qualificação permanente para reconstituir uma ação educativa, apresentando uma estratégia de superação das fragmentações presentes na história da educação física.
E) A interpretação do conhecimento atinente à educação física como “um saber escolar da quadra”, considerando, portanto, como “de fora” da escola, ou como “saber escolar realizado no pátio”.
CONSULPLAN - QUESTÃO 33
[...] fica explícito que a escola é, por excelência, o locus da produção de conhecimentos. Isso requer dos professores e coordenadores sua afirmação como sujeitos competentes técnica e politicamente (Saviani, 2003), para construírem saberes com base na reflexão sobre a própria prática e, por consequência, capazes de assumir o papel de transformar a realidade educacional, combatendo a escola dualista e classista ainda presente na sociedade brasileira.
(Disponível em: Rev. Bras. De Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 95, n. 241, 2014. http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/rbep/issue/view/282/20. Adaptado.)
NÃO é considerada uma competência do coordenador pedagógico:
A) Atuar predominantemente com ações voltadas à resolução de problemas de ordem disciplinar, inibindo, assim, a indisciplina e a violência escolar.
B) Entender que a discussão teórica não deve ser compreendida como uma exigência ocasional, pois se constitui elemento catalisador da atuação pedagógica.
C) Mediar a proposta de formação docente em seu contexto, de modo a promover reflexão sistemática sobre o trabalho desenvolvido no cotidiano da sala de aula.
D) Ter a sensibilidade para aprender, ouvir e mediar os atores da escola, a fim de que o tempo vivido seja de discussões fecundas e todos possam se manifestar e vivê-lo como um tempo pedagógico.
E) Criar condições favoráveis que possibilitem aos professores relacionar criticamente suas experiências com os saberes acadêmicos, em um espaço de problematizações consequentes e interlocuções democráticas.
CONSULPLAN - QUESTÃO 34
A organização do Projeto Político-Pedagógico (PPP) pelas escolas teve seu início com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394/1996) que, em seu Art. 12, antecipa que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
Em seu Art. 13, inciso primeiro, é determinado que “os docentes incumbir-se-ão de participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino”. Sobre o PPP, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) Ser “pedagógico” é estabelecer as ações educativas e as particularidades necessárias às escolas de desempenharem suas deliberações e suas finalidades.
B) Ser “político” é estar ligado ao bem comum e ter um comprometimento com a efetivação da cidadania, para que este se insira de maneira adequada ao meio social.
C) Para construí-lo é necessário, primeiramente, que se atente aos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do trabalho docente.
D) A escola é composta basicamente por duas estruturas: administrativas e pedagógicas. A administrativa é responsável pela locação e condução de recursos humanos, da estrutura física e financeira. A pedagógica está relacionada ao ensino-aprendizagem, às políticas da escola e ao currículo; portanto, é na estrutura pedagógica que se encontra todo o trabalho pedagógico, cabendo a ela a elaboração do PPP.
E) Quando se trata de “político-pedagógico” há um significado inseparável, que deve discorrer sobre o Projeto Político-Pedagógico como um processamento definitivo de pensamento e debate dos desafios que a escola passa, na tentativa de requerer meios cabíveis à efetivação de sua intencionalidade. Em contrapartida concede a experiência democrática fundamental para a interação de todos da comunidade escolar e a prática da cidadania.
CONSULPLAN - QUESTÃO 35
A educação em ciência enquanto área emergente do saber em estreita conexão com a ciência necessita da epistemologia para uma fundamentação da orientação, devendo ser, ainda, um referencial seguro para uma mais adequada construção das suas análises.
A epistemologia, ao pretender saber das características do que é ou não é específico da cientificidade e tendo como objeto de estudo a reflexão sobre a produção da ciência, sobre os seus fundamentos e métodos, sobre o seu crescimento, sobre os contextos de descoberta, não constitui uma construção racional isolada. [...] o conhecimento de epistemologia torna os professores capazes de melhor compreender qual ciência estão a ensinar, ajuda-os na preparação e na orientação, bem como dar às suas aulas um significado mais claro e credível às suas propostas.
Tal conhecimento ajuda, e também obriga, os professores a explicitarem os seus pontos de vista, designadamente sobre quais as teses epistemológicas subjacentes à construção do conhecimento científico, sobre o papel da teoria, da sua relação com a observação, da hipótese, da experimentação, sobre o método e, ainda, aspectos ligados à validade e legitimidade dos seus resultados, sobre o papel da comunidade científica e suas relações com a sociedade.
(Fernández, 2000; Gil-Pérez et al., 2001. Disponível em:
htts://docplayer.com.br/49116310-A-necessaria-renovacao
-do-ensino-das-ciencias.html. Adaptado.)
Considerando os dois grandes ramos da “árvore epistemológica”, as epistemologias empiristas e racionalistas em suas muitas e variadas matizes (clássicas e contemporâneas), assinale o atributo da tendência racionalista na construção do conhecimento científico.
A) A evolução da ciência é acumulativa.
B) O desenvolvimento da ciência dá-se por acumulação e justaposição de conhecimentos.
C) Os discursos científicos aparecem como verdades absolutas e libertos de toda a contingência.
D) Nasce da crítica e da reformulação de hipóteses, partindo de situações não explicadas pela teoria.
E) As experiências e as observações são valorizadas como elementos independentes da diretriz da teoria.
CONSULPLAN - QUESTÃO 36
[...] Também a relação com os conteúdos aprendidos no curso de formação é mutável. Mais do que conceitos específicos a serem aprendidos, o curso deveria visar ao letramento do professor para o local do trabalho, entendendo, assim, a escrita como um elemento identitário da sua formação (Kleiman, 2001). [...] Isso significa que, mais do que a aprendizagem de determinados conceitos e procedimentos analítico-teóricos, que mudam com as mudanças das teorias linguísticas e pedagógicas, interessa instrumentalizar o professor para ele continuar aprendendo ao longo de sua vida e, dessa forma, acompanhar as transformações científicas que tratam de sua disciplina e dos modos de ensiná-la.
(Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php
/signo/article/view/242Signo. Santa Cruz do Sul,
v. 32 n 53, p. 1-25, dez, 2007. Adaptado.)
Na perspectiva de uma prática social do letramento, podemos afirmar que está INCORRETO quando o professor:
A) Abandona o currículo usado como “camisa de força” do trabalho escolar e passa a vê-lo como uma organização dinâmica de conteúdos, que consideram a realidade local, seja ela da turma, da escola, ou da comunidade, e que se estruturam segundo a prática social.
B) Predomina a concepção da leitura e da escrita como conjunto de competências, concebendo a atividade de ler e escrever como um conjunto de habilidades progressivamente desenvolvidas, até se chegar a uma competência leitora e escritora ideal, a do usuário proficiente da língua escrita.
C) Constitui o conteúdo como o elemento estruturante do currículo, e tendo conhecimento pleno dos conteúdos do ciclo e ciente de sua importância no processo escolar, tendo a noção exata da importância e ordem sócio-histórica e cultural e quais são os textos significativos para o aluno e sua comunidade.
D) Envolve o uso da língua escrita na situação comunicativa, focalizando de forma sistemática algum conteúdo. Nesse caso, o movimento será da prática social para o “conteúdo” (procedimento, comportamento e conceito) a ser mobilizado para poder participar da situação; nunca o contrário, se o letramento do aluno for o objetivo estruturante do ensino.
E) Contrasta essa concepção com a que subjaz às práticas de uso da escrita dentro da escola que, em geral, envolvem a demonstração da capacidade do indivíduo para realizar todos os aspectos de determinados eventos de letramento escolar, sejam eles soletrar, ler em voz alta, responder a perguntas oralmente ou por escrito, escrever uma redação, ou fazer um ditado.
CONSULPLAN - QUESTÃO 37
As explicações dadas à questão do fracasso escolar da escola pública brasileira, segundo estudos de Patto (1999), foram baseadas, em um primeiro momento, nas teorias racistas, por volta do ano de 1870, quando os colonizadores tinham os colonizados como seres inferiores intelectualmente e, como tais, incapazes de aprender.
O auge destas ideias racistas foi o período de 1850 a 1930, em que os intelectuais brasileiros começaram a atentar para as questões da escola e da aprendizagem escolar sob a influência da filosofia e da ciência francesas.
Considerando as informações anteriores, bem como a autora, nos anos 70 do século anterior, houve um predomínio de novas explicações sobre as causas do fracasso escolar; analise-as.
I. É tido como produto de professores mal qualificados; é um problema técnico: culpabilização do professor.
II. É considerado como culpa do aluno e de sua família, de problemas emocionais, orgânicos e neurológicos.
III. Apontam as causas das dificuldades de aprendizagem não no indivíduo mas, sim, nos métodos, que deveriam ser determinados pela observação do indivíduo.
IV. Ocorre em função das características biológicas, psicológicas e sociais dos alunos, em detrimento à explicação que considerava os aspectos estruturais e funcionais do sistema de ensino como determinante desse fracasso.
V. Passou a ser explicado pela teoria da carência cultural, por meio do qual se afirmava que as deficiências do ambiente cultural das chamadas classes baixas produziam a deficiência no desenvolvimento psicológico infantil.
Está correto o que se afirma apenas em
A) II e III.
B) IV e V.
C) I, II e III.
D) III, IV e V.
E) I, II, III e IV.
CONSULPLAN - QUESTÃO 38
A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de história é do professor de história e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de ciências é do professor de ciências e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de matemática é do professor de matemática e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de geografia é do professor de geografia e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de educação física é do professor de educação física e não do professor de português. A tarefa do professor de português é ensinar a ler a literatura brasileira.
(NEVES, et al. 2007. Disponível em https://pt.scribd.com
/document/496351796/Ler-e-escrever-compromisso-de-todas-as-areas. Adaptado.)
Considerando o exposto, sobre ler e escrever, analise as afirmativas a seguir.
I. É centrar a leitura e a escrita na decodificação das palavras e não na construção de significado.
II. Trata-se, fundamentalmente, de exercitar e praticar a decodificação; é alfabetizar. É levar o aluno ao domínio do código da escrita.
III. São questões para todas as áreas, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação do aluno, que é responsabilidade de toda a escola.
IV. O aluno deve se tornar capaz de apropriar-se do conhecimento acumulado que está escrito em livros, revistas, jornais, relatórios, poemas, gráficos etc.
Está correto o que se afirma apenas em
A) I e III.
B) II e IV.
C) III e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
CONSULPLAN - QUESTÃO 39
O desafio atual está em encontrar novos modelos de organização escolar que sejam compatíveis com os avanços nos campos da ciência e da cultura, procurando caminhos que tirem, afinal, o ensino escolar das amarras estabelecidas no século XIX. Seguramente não é um trabalho fácil, mas precisa ser enfrentado, se quisermos que nossos filhos e filhas, alunos e alunas, tenham uma formação intelectual e ética de acordo com as necessidades da sociedade na qual terão de viver (e que não sabemos qual será).
(Araújo, 2003, p. 72.)
A proposta de ensino transversal concebida por Araújo (2003) conduz a necessidade de repensar as bases metodológicas e epistemológicas da escola. A reorganização da estrutura do ensino proposta pelo autor tem como objetivo a construção de um novo modelo de organização escolar coerente com os atuais avanços científicos e culturais. Segundo Araújo, para pôr em prática tal reorganização, a escola precisa romper com:
I. A democracia nas relações escolares.
II. A fragmentação radical dos conhecimentos.
III. Certas hierarquias estabelecidas no currículo.
IV. A visão intervencionista e mediadora do professor.
V. A descontextualização entre os conteúdos científicos e os saberes populares.
Está correto o que se afirma apenas em
A) II e IV.
B) III e IV.
C) I, IV e V.
D) I, III e V.
E) II, III e V.
CONSULPLAN - QUESTÃO 40
Embora a elaboração do Projeto Político-Pedagógico (PPP) se configure como uma exigência legal, vale reafirmar que a instituição de ensino não deve produzir apenas para atender a legislação educacional. Para além da exigência legal, a elaboração do PPP se configura como um importante instrumento para a organização do trabalho pedagógico diante dos anseios da comunidade escolar. No processo de (re)construção do PPP, é importante observar algumas características e dimensões que organizam o trabalho pedagógico e orientam a escola no cumprimento de sua função social, buscando assegurar o sucesso da aprendizagem do aluno. Sobre as características do PPP, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A participação é coletiva, devendo primar pelo envolvimento efetivo dos vários segmentos que compõem a escola.
( ) Possui abrangência global que abarca outros projetos de ação capaz de possibilitar a unidade e a organicidade das atividades desenvolvidas na escola.
( ) O marco situacional e o marco operacional devem ser revisitados no início de cada ano letivo. O marco conceitual, por ser composto de concepções, apresenta uma duração maior e não exige revisão, podendo manter-se o mesmo por vários anos letivos.
( ) A concretização processual não se esgota na elaboração do documento, ou na realização de uma ação. Baseia-se no exercício constante de avaliação e articulação entre ação-reflexão-ação.
A sequência está correta em
A) F, F, F, V.
B) F, V, V, F.
C) V, V, F, V.
D) F, F, V, F.
E) V, V, V, V.
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